Com temperaturas mais elevadas na primavera e no verão, a pele humana sofre algumas mudanças, em especial na retenção de água e produção de oleosidade. Esse aumento na produção de sebo merece atenção, uma vez que, em excesso, pode causar obstrução dos poros, fator de desenvolvimento de cravos e acnes.
Em temperaturas mais altas, é comum que a pele fique mais desidratada. Contudo, além dos problemas que a desidratação em si já traz à saúde cutânea, ela também tem relação com o aumento da oleosidade, uma vez que as glândulas sebáceas tentam compensar a falta de água, produzindo mais óleo para proteger a barreira cutânea. O acúmulo de óleo, assim, resulta em um aspecto brilhante da pele, além do aumento do risco de inflamações devido ao ambiente propício para o crescimento de bactérias.
Nesse contexto, a dermatologista da clínica Áurea, Dra. Rebeka Sobral, reforça a importância de estar atento à oleosidade excessiva da pele, em especial durante os períodos quentes. “Em temperaturas elevadas, as glândulas sebáceas da pele tendem a produzir mais sebo como resposta ao aumento da transpiração e ao clima úmido. Esse sebo, combinado ao suor, pode obstruir os poros, aumentando o risco de surgimento de acne e deixando a pele com um aspecto brilhante. Assim, é essencial começar com uma limpeza suave, usando um sabonete específico para pele oleosa. Em seguida, o uso de um tônico adstringente ajuda a controlar o excesso de brilho. Recomendo também um hidratante leve, de preferência com ação matificante, e, claro, protetor solar oil-free para finalizar”.
De acordo com a American Academy of Dermatology Association, algumas medidas simples ajudam no controle da oleosidade como uso de sabonete facial suave e espumante, limpeza do rosto pelo menos duas vezes ao dia e após suor, uso de papéis mata-borrões e para as mulheres, é importante a escolha por maquiagem sem óleo e a base de água. A organização, contudo, destaca que cada pessoa reage de maneira diferente, ou seja, mesmo que as medidas auxiliem no controle, a consulta com dermatologista não deve ser descartada.
Procurar um especialista se torna mais importante em virtude de cuidados inadequados que podem ser realizados. Alguns erros comuns são a limpeza excessiva, podendo tirar a oleosidade natural da pele, o que resulta em maior produção de sebo; além da falta de uso de hidratantes e do protetor solar, devido a crença de aumento de oleosidade e obstrução dos poros.
A dermatologista reforça que o controle da oleosidade deve ser feito a partir de uma adequação dos produtos usados, bem como outras medidas, mas não por meio do abandono da hidratação e proteção contra raios UV. “Há uma confusão comum sobre a hidratação aumentar a oleosidade. O recomendado é fazer uso de hidratantes leves, em gel ou oil-free, que hidratam sem obstruir os poros. Ingredientes como ácido hialurônico e glicerina são ótimos para reter água sem aumentar a oleosidade da pele. Em relação ao protetor solar, a escolha deve ser por produtos com formulações matificantes ou “oil-free”, que ajudam a controlar o brilho sem comprometer a proteção contra os raios UV”, reforça a Dra. Rebeka Sobral.
A especialista ainda destaca o uso de esfoliantes leves, que podem ser feitos uma ou duas vezes por semana, para remover as células mortas e desobstruir os poros, além da máscara de argila semanal, que ajuda a controlar a oleosidade e a prevenir a formação de acne.