Visitação aos museus é um programa cultural para baianos e turistas. Para quem gosta de apreciar exposições, os museus ligados à Secretaria de Cultura do Estado da Bahia (SecultBA) estão com programação diversificada para o sábado, já que no domingo tem eleições. No Pelourinho, Centro Histórico de Salvador, é possível apreciar diferentes espaços, confira!
A mostra “Festival de Aquarelas: Traduzindo Sonhos”, no Centro Cultural Solar Ferrão, permanece aberta para visitação até este sábado (1º). Com 64 obras de 32 artistas aquarelistas integrantes da ABA (Associação Brasileira de Aquarela) e da International Watercolor Society (IWS-Brazil), que em sua maioria, já apresentaram suas aquarelas em exposições digitais, bienais e/ou trienais em diversos países, como Bolívia, Paquistão, Bulgária, Itália, México e Suíça. Ainda no Centro Cultural Solar Ferrão, pode-se conferir mais quatro coleções permanentes:
A primeira é a “Arte Africana”, do colecionador italiano Claudio Masella (Roma, 1935-2007), que reuniu por mais de 30 anos uma coleção de arte africana com mais de mil exemplares. Esses objetos ilustram a arte dos principais grupos étnicos do continente africano, compondo um panorama ímpar para entendimento da diversidade cultural e as suas influências na formação do Brasil. Doadas ao Governo do Estado da Bahia, em 2004. A segunda é chamada de “Arte Popular”, coleção reunida pelo cenógrafo e diretor teatral pernambucano Eros Martim Gonçalves (1919-1973) e ampliada pela arquiteta italiana Lina Bo Bardi (1914-1992). Nela, podem ser vistos objetos de cerâmica utilitária, os curiosos “caxixis” (miniaturas em cerâmica), roupa tradicional de vaqueiro, brinquedos, oratórios, santos, ex-votos, ferramentas de orixás, carrancas, esculturas com temáticas do cotidiano. Permanente.
Mais duas coleções podem ser conferidas a “Coleção Walter Smetak”, do músico e compositor suíço Anton Walter Smetak (1913-1984), que viveu na Bahia entre os anos de 1957 e 1984, realizando inovadoras experimentações sonoras e plásticas, que influenciou gerações de músicos e artistas. Os instrumentos musicais criados por ele, suas plásticas sonoras, formam a sua coleção, explorando as heranças populares e eruditas em suas experiências. Também a “Coleção de Instrumentos Musicais Tradicionais” de Emília Biancardi, coleção apresenta um acervo com mais de mil peças coletadas e recriadas nos cinco continentes, com destaque especial para os instrumentos indígenas brasileiros, além dos africanos e afro-brasileiros. A exposição habita três salas na nova ala do museu, cujo acesso pode ser feito através da segunda portaria que ganha ainda salas de acolhimento e de iniciação musical.
Museu Abelardo Rodrigues – O colecionador pernambucano Abelardo Rodrigues (1908-1971) reuniu ao longo de sua vida uma das mais importantes coleções, composta por mais de 800 objetos, que revela a trajetória histórica e artística da arte sacra cristã no Brasil, percorrendo o Barroco e o Neoclássico, suas formas de representação e devoção, aproximando o humano do sagrado. Apresenta peças datadas dos séculos XVII ao XX, confeccionadas em diversos materiais, a exemplo de madeira, barro cozido, marfim, pedra sabão e metal. São oratórios, miniaturas, imaginária, crucifixos, imagens de Roca, maquinetas, crucificados, mobiliário de devoção, objetos de origem brasileira, principalmente nordestina, como também de procedência européia. A visitação pode ser feita de terça a sexta, de 12h às 18h. Sábados, domingos e feriados, das 12h às 17h, com entrada gratuita.
Museu Tempostal – Já o Museu Tempostal apresenta a exposição “O Bairro do Comércio”, composta por postais e fotos que retratam a região do Comércio, no trecho da Preguiça até o antigo Mercado do Ouro, da primeira década do século XX até os anos 80. Através de cerca de 100 imagens, a mostra apresenta aspectos históricos, urbanísticos e arquitetônicos do bairro, que foi criado para servir de ancoradouro das naus que traziam insumos de outros países, a exemplo de produtos manufaturados da Europa, e retornavam com o que se produzia por aqui (açúcar, fumo, algodão, madeiras de lei e couro). Ainda no Museu Tempostal, a exposição “Pelos Caminhos de Salvador” retrata parte da urbanização, crescimento e modernização da capital baiana. A mostra constitui um grande apanhado de imagens e fotografias que retratam as diversas transformações ocorridas no tecido urbano da cidade, iniciadas em fins do século XIX. Através de uma leitura histórica, é possível conferir, também, as mudanças nos hábitos e costumes ligados à vida cotidiana.
Também pode-se conferir a mostra “Bahia – Litoral e Sertão” que apresenta a relação econômica e social desenvolvida entre duas regiões distintas da Bahia através de registros de imagens. Fotografias e postais, datados do início do século XX, de diferentes cidades do interior do Estado, revelam a importância da nossa formação geopolítica, ressaltando o impacto da exploração colonial, do povoamento heterogêneo, e a pluralidade de atividades econômicas exercidas tanto na região litorânea quanto no sertão.
O acervo do Museu Tempostal é composto por postais, estampas e fotografias, em sua maioria, procedentes da coleção de Antônio Marcelino do Nascimento. As peças, datadas do final do século XIX e meados do século XX, representam imagens de valor histórico, artístico e documental, não só da Bahia e do Brasil, mas também de diversos países do mundo, sobre as mais variadas temáticas. A visitação pode ser feita de terça a sexta, das 12h às 18h. Fins de semana e feriados, das 12h às 17h, com entrada gratuita.
Museu Udo Knoff – O Museu Udo Knoff de Azulejaria e Cerâmica dispõe de dois ambientes ocupados por materiais referentes à arte da cerâmica e do azulejo. No andar térreo, a exposição “Azulejaria na Bahia” reúne materiais referentes á arte da cerâmica e do azulejo, além de proporcionar uma visão cronológica da existência do azulejo disposta do século XV ao XX, incluindo sua chegada ao Brasil, no século XVII.
No primeiro andar fica a mostra “Arte e Azulejaria” que exibe fotografias de prédios revestidos com azulejos confeccionados pela oficina de Udo Knoff, fruto de projetos de artistas renomados do estado da Bahia. Também será possível conferir um documentário sobre o colecionador e ceramista.
Completam a exposição, objetos confeccionados nas oficinas desenvolvidas pelos museólogos da casa, que realizam atividades educacionais com o objetivo de se manter o desejo de Udo Knoff. A visitação pode ser feita de terça a sexta, das 12h às 18h, sábado e domingo e feriados, das 12h às 17h, com entrada gratuita.