O presidente em exercício da Câmara, deputado Fábio Ramalho (PMDB-MG), se encontrou na tarde de hoje (30) com Michel Temer, em São Paulo, após alta médica do presidente. Os dois conversaram, entre outros pontos sobre a votação da reforma da Previdência na Casa.
A Proposta de Emenda a Constituição (PEC 287/16) já está pronta para ser apreciada em plenário e para ser aprovada precisa ser votada em dois turnos, onde serão necessários 308 votos para aprovação.
Na avaliação de Ramalho, para conseguir aprovar a reforma da Previdência, o presidente deve reagrupar a base aliada ao governo. Segundo ele, neste momento o governo não tem o número de votos necessários para aprovar o atual texto reforma.
“O presidente é consciente de que primeiro ele tem que reagrupar a base. Ele também pensa que tem que fazer uma comunicação melhor para que a sociedade entenda [a reforma da Previdência].E ele acha necessário e urgente que se vote, pelo menos, a idade [mínima para aposentadoria], mas que para votar ele sabe que tem que ter primeiro uma sinalização de toda sociedade brasileira nesse sentido”, disse Fábio Ramalho.
Segundo Ramalho, Temer acredita que, se não houver a compreensão pela sociedade, a PEC dificilmente será aprovada na Câmara dos Deputados. “[É necessário] explicar realmente o que tem na reforma da Previdência, que ela não vai mexer com nenhum direito de nenhuma pessoa mais pobre, com direito do trabalhador rural. Se a gente conseguir isso, se a sociedade compreender isso, a gente consegue avançar em alguma coisa da Previdência. Senão, eu posso afirmar que será muito difícil [aprovação da PEC]”.
Orçamento
O deputado disse ainda que o presientde pretende rever o orçamento da área de Ciência e Tecnologia para o próximo ano. O ministério, de acordo com o ministro Gilberto Kassab, enfrenta um contingenciamento de R$ 2,2 bilhões este ano e de R$ 1,2 bilhão no próximo ano.
“Ele quer fazer a matemática para melhorar o orçamento de alguns setores, principalmente da Ciência e Tecnologia. Ele está aguardando para ver o que ele tem realmente de recursos. Ele pensa que poderá ter uma sobra no Orçamento para que ele possa melhorar para o próximo ano”, afirmou.