A família de Neviton Rodrigues da Silva, de 39 anos, decidiu doar os órgãos dele, assim que os protocolos de desligamento de aparelhos sejam concluídos, no Hospital Geral do Estado (HGE), em Salvador. O barbeiro morreu após ser baleado enquanto fechava a barraca onde trabalhava, no bairro da Cidade Nova.
Na segunda-feira (16), a família confirmou a morte encefálica do barbeiro. Depois da confirmação de que o cérebro da vítima não respondia mais, o procedimento foi iniciado pelo hospital. Esse protocolo dura 48 horas, até que os aparelhos que mantêm Neviton vivo sejam desligados completamente.
O crime aconteceu na noite de sábado (14), e o suspeito de cometê-lo é um investigador da Polícia Civil, identificado pelo prenome de “Adilson”. Segundo a família de Neviton, o homem era amigo da vítima. A instituição abriu um inquérito criminal e administrativo para apurar o caso.
Crime
Testemunhas contaram que, na noite do sábado, havia um carro com som alto na Rua Vanderley Almeida, onde fica a barbearia, mas destacaram que esse veículo não era de Neviton. O policial foi chamado ao local por parentes, que reclamaram do barulho causado por este veículo.
Ainda conforme as testemunhas, não houve uma discussão entre os dois. O policial teria abordado Neviton com violência e em seguida atirou várias vezes. Depois de atirar contra a vítima, o suspeito entrou na casa de familiares e, desde então, não foi mais visto.
O barbeiro foi socorrido pelos vizinhos para o 16º Centro de Saúde Maria Conceição Imbassahy, depois transferido para o Hospital Geral do Estado (HGE), por causa da gravidade dos ferimentos. Na unidade, a vítima passou por cirurgia, mas não resistiu por causa do estado gravíssimo de saúde.
Ainda não há detalhes sobre o sepultamento do corpo de Neviton, porque será preciso concluir os protocolos de desligamento dos aparelhos e a retirada dos órgãos para doação. O barbeiro deixa a esposa, com quem era casado há 20 anos. O crime também é investigado pelo Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).
G1