Pesquisadores do Instituto La Jolla para Alergia e Imunologia, nos EUA, descobriram que o ciclo reprodutivo de ratos influenciam na infecção pelo vírus Zika e no desenvolvimento dos sintomas. O estudo foi baseado na infecção de camundongos pela injeção de vírus na vagina dos animais. O agente infeccioso se instalou no trato reprodutivo, se replicou, passou para a corrente sanguínea e provocou sinais clínicos da doença, como esperado. “A linhagem de camundongos que usamos foi criada geneticamente para ser extremamente vulnerável à infecção”, afirmou William Weihao Tang, líder do estudo, segundo o jornal O Globo. “Mas mesmo esses camundongos, quando infectados no período de estro (conhecido popularmente como cio), parecem completamente resistentes ao vírus. Isso nos surpreendeu”. Nas cobaias infectadas durante o cio, o RNA do vírus desapareceu em apenas três dias, enquanto os outros animais morreram rapidamente após a infecção. “Os hormônios mudaram o trato reprodutivo dos camundongos de maneiras que facilitaram ou protegeram contra a transmissão sexual”, explicou o pesquisador. De acordo com o diretor do Instituto Evandro Chagas, Pedro Fernando da Costa Vasconcelos, é possível que os hormônios humanos também apresentem relação com a suscetibilidade ao vírus. Ainda não foram realizados testes neste sentido em humanos.