A Agência de Defesa Agropecuária da Bahia (ADAB), em conjunto com os integrantes do Programa Fitossanitário da Soja, emitiu alerta sobre a ocorrência de focos da Ferrugem Asiática no oeste baiano. Esta é a principal doença da sojicultura mundial, que evolui, a cada safra, com o aumento da resistência dos esporos em relação aos fungicidas, o que gera um gasto adicional que pode chegar a 20% da receita dos produtores. Na região oeste da Bahia, foram encontrados núcleos de incidência em Roda Velha de Baixo, em São Desidério; Rio de Pedras e Placas, em Barreiras; e Novo Paraná, no município de Luís Eduardo Magalhães.
Armando Sá, coordenador do Programa Fitossanitário, pede atenção máxima dos produtores com as lavouras. “Estamos com perspectiva de safra cheia, então o produtor não pode arriscar nesse momento. Por isso, é importante que ele esteja monitorando com frequência para fazer intervenções, caso seja necessário”, destacou.
Ainda segundo Sá, o aumento dos focos da Ferrugem Asiática está relacionado à alta umidade, devido ao intenso período de chuvas registrado recentemente na região. Na última semana de fevereiro ainda há muitas áreas com lavouras consideradas novas, por terem sido plantadas no final do período de semeadura. Estas áreas de cultivo, quando afetadas pela doença, apresentam maior potencial de perdas, portanto, precisam de monitoramento e, em muitos casos, a realização de controle químico.
As alterações provocadas no sistema produtivo da cultura da soja, por conta do fungo Phakopsora pachyrhizi, causador da Ferrugem Asiática, teve grande impacto no modo de produção da oleaginosa, inclusive com a adoção do vazio sanitário, a partir de 2001. Além das sementes que caem de caminhões e germinam às margens das rodovias se convertendo em um meio para a sobrevivência do fungo, a facilidade de disseminação dos esporos pelo vento tornam o manejo ainda mais complexo.