A programação da Festa da Boa Morte, que se realiza em Cachoeira, no Recôncavo Baiano, teve início no domingo (13), com a tradicional Saída do corpo de Nossa Senhora da Boa Morte da Capela de Nossa Senhora D’Ajuda em procissão pelas principais ruas da cidade.
Considerada Patrimônio Imaterial da Bahia desde 2010, a celebração da Irmandade de Nossa Senhora da Boa Morte destaca-se como uma das mais importantes do calendário religioso do Estado, o que garante intenso fluxo turístico para o município (110 quilômetros de Salvador). Os festejos da Boa Morte atraem muitos olhares porque contam a história de mulheres negras que conquistaram espaço na sociedade e decidiram se unir para comprar a liberdade daqueles que ainda eram mantidos no modelo escravagista. Com força, perseverança e fé, elas criaram a Irmandade da Nossa Senhora da Boa Morte, confraria religiosa afro-católica responsável pela alforria de inúmeros escravos.
As secretarias do Turismo (Setur) e da Cultura (SecultBA) da Bahia apoiam a realização do evento e comemoram o êxito da iniciativa. Segundo Jomar Lima, da Irmandade da Boa Morte, a expectativa é que o número de visitantes seja maior do que o registrado no ano passado, chegando a mais de 30 mil pessoas. Para ele, o apoio das secretarias foi fundamental e ajudou na divulgação da festa.
Programação – A festa tem seu ponto alto na terça-feira (15), quando se comemora a Assunção de Nossa Senhora, quando inclui alvorada, missa solene na Igreja de Nossa Senhora do Rosário, às 10h, e procissão. A festa segue com samba de roda no Largo D’Ajuda, ao meio-dia e às 16h. Na quarta (16), um saboroso cozido será servido ao som de samba de roda, às 18h, também no Largo D’Ajuda, enquanto que na quinta-feira (17) a festa será encerrada com a oferta de caruru e mais samba, às 18h.