Durante quatro dias, Ilhéus se transforma na capital brasileira do chocolate, com a realização do Chocolat Bahia 2017, aberto na noite desta quinta-feira (20) e que segue até domingo (23) no Centro de Convenções. Em sua 9ª edição, o Festival Internacional do Cacau e do Chocolate deve atrair cerca de 60 mil pessoas, que podem se deliciar com as 40 marcas de chocolates de origem produzidos no Sul da Bahia.
Com expectativa de R$ 10 milhões de negócios para os 80 expositores, que apresentam seus produtos do Pavilhão de Feiras, o evento tem o apoio do Governo do Estado da Bahia, através das secretarias da Fazenda e de Cultura do Estado da Bahia, via Fundo de Cultura, pelo edital de Eventos Calendarizados, que garante no triênio (2017-2018-2019) parte dos recursos para a realização do evento. Segundo Alexandre Simões, superintendente de Promoção Cultural, o edital é um incentivo à manutenção de atividades culturais consolidadas e que tenha regularidade. “O maior mérito dessa linha de fomento é garantir a formação de um calendário de eventos que contemple os diversos segmentos da cultura em diferentes regiões do Estado, mantendo a visibilidade da Bahia, e também permitir o melhor agendamento das produções”.
O Chocolat Bahia também possui apoio das secretarias estaduais do Turismo, de Desenvolvimento Rural, de Agricultura, de Ciência, Tecnologia e Inovação.
Para o secretário de Desenvolvimento Econômico Jaques Wagner “além da geração de emprego e renda, que é uma das prioridades do governador Rui Costa, o que temos hoje é uma mudança de mentalidade, com a verticalização da lavoura cacaueira, com a produção de chocolate de qualidade, um processo em que o Sul da Bahia é único do mundo, indo da amêndoa ao chocolate”, disse.
O Governo do Estado, através do programa Bahia Produtiva, investiu até junho de 2017, R$ 13 milhões em 31 projetos de apoio à agricultura familiar no sul do estado, com recursos para melhorar o cultivo de cacau e a produção de chocolate. De acordo com secretário de Desenvolvimento Rural Jeronimo Rodrigues, é necessário focar na qualidade “e é importante permitir o acesso ao crédito e à assistência técnica, para agregar valor ao principal produto regional”. Para o secretário de Agricultura Vitor Bonfim, o sul da Bahia vive um período marcante. “Estamos vivendo o ciclo da agroindustrialização, gerando amêndoas e chocolates alto valor agregado. O Sul da Bahia deixa de ser apenas a região do cacau, para ser também a região do chocolate”, ressaltou.
O secretário de Ciência e Tecnologia Vivaldo Mendonça destaca que “estamos disponibilizando tecnologias para a qualificação das amêndoas, o processamento e o produto final. O festival é um importante instrumento para essa troca de experiências”.
A programação do Chocolat Bahia inclui workshops gratuitos de receitas à base de chocolate com renomados chefs do país, cursos de capacitação, debates sobre temas do setor, rodadas de negócios e palestras ministradas por especialistas internacionais, visitas a fazendas produtoras de cacau, exposição de esculturas de chocolate e shows musicais com artistas regionais.
Para o secretário do Turismo, José Alves, a associação entre a produção do chocolate e a cadeia produtiva do turismo tem tudo para gerar resultados ainda mais expressivos para ambos os lados. “A Rota do Chocolate será fortalecida com as obras da rodovia Ilhéus-Uruçuca, onde o visitante tem um tour completo”, disse.
Nas fazendas de cacau de Ilhéus é possível caminhar entre os cacaueiros na Mata Atlântica. O visitante percorre desde o cultivo da amêndoa até a produção do chocolate, passando pelo controle de qualidade e embalagem antes da degustação. “Ao roteirizar o ciclo produtivo das fazendas de cacau até as fábricas de chocolate, estamos consolidando um produto turístico único, associado à relevância cultural da região, cenário das obras de Jorge Amado”, enfatizou José Alves.
Presente ao lançamento como representante da SecultBA, o superintendente de Promoção Cultural Alexandre Simões considera o Festival como um dos principais eventos do setor do país e que já faz parte do calendário de Ilhéus e região. “É uma grande comemoração que envolve não só a agroindústria, mas também lazer, intervenções artísticas e culturais, artesanato. gastronomia e traz para o Estado uma grande visibilidade, sendo importante também para o turismo, aquecendo a economia local. Além disso, traz para Ilhéus produtores, pesquisadores e jornalistas de várias partes do País e do mundo”.
O coordenador do Chocolat Bahia, Marco Lessa diz que “o evento tem o papel de estimular a verticalização da produção, com o surgimento e novos empreendedores. O cacau pode ser o fruto de ouro, desde que seja transformado em chocolate de qualidade e o Sul da Bahia deve assumir esse protagonismo. Sem o apoio do Governo do Estado, esse evento não teria a dimensão que adquiriu e a cada ano vemos o surgimento de novas marcas, ampliação dos negócios”.