Foto: Bruno Concha/Secom
Marcado pela diversidade de público, o Festival Virada Salvador tem espaço para todo mundo curtir. Isso vale também para pessoas com deficiência, que contam com um espaço diferenciado e totalmente adaptado na Arena Daniela Mercury, na orla da Boca do Rio. Trata-se de uma área gratuita com vista privilegiada do palco e do mar, que começou a funcionar na primeira noite do evento.
A área, projetada de acordo com a norma brasileira de acessibilidade, foi erguida a uma altura de um metrô do chão, e conta com rampa para facilitar a entrada. O camarote acessível comporta até 20 cadeiras simultaneamente, além dos acompanhantes, com capacidade total para 40 pessoas.
Paulo Rogério da Silva, de 29 anos, é cadeirante e já curte o festival no camarote há dois anos. “Eu acho muito importante essa estrutura que é oferecida para nós, principalmente por causa da nossa segurança. Aqui, recebemos suporte da chegada até a nossa saída”.
Eliane Diniz, 40 anos, esposa de cadeirante, lembrou a importância de espaços pensados para pessoas com deficiência em eventos organizados pela Prefeitura, a exemplo do que ocorre também no Carnaval. “Meu esposo é tetraplégico e eu acompanho ele em todos os lugares, inclusive no Carnaval. Estamos participando da festa aqui no camarote pela primeira vez. Recebemos o apoio da Guarda Municipal, que nos guiou até aqui”, contou.
Acesso – Na edição passada do festival, mais de 200 usuários passaram pelo espaço ao longo dos cinco dias de festa. O camarote acessível pode ser acessado à direita do palco, próximo à mesa de som. É permitida a entrada de apenas um acompanhante, e a área está sempre em funcionamento, a partir do horário de abertura do evento.
De acordo com o diretor-geral da Unidade Municipal de Políticas Públicas para Pessoas com Deficiência (UPCD), Wagner Andrade, a Prefeitura trabalha incansavelmente para garantir a inclusão da pessoa com deficiência em todos os espaços, inclusive nos festivos. “Iniciativas como essa são extremamente importantes para garantir a inclusão social da pessoa com deficiência. Trabalhamos o ano inteiro no intuito de concretizar estes direitos. Para nós a acessibilidade tem que ser regra e não exceção”, destacou.