Fevereiro é o mês de conscientização sobre Lupus, Mal de Alzheimer e fibromialgia. A campanha do fevereiro roxo foi criada em 2014, no Brasil, com o lema: “Se não houver cura, que ao menos haja conforto”. Focando na importância de proporcionar bem-estar aos portadores de doenças crônicas.
A fibromialgia é uma síndrome que acomete o sistema musculoesquelético através de uma dor crônica generalizada juntamente com outros sintomas como cansaço, insônia e mudanças de humor.
De acordo com a Sociedade Brasileira Para Estudo da Dor (SBED), 37% da população brasileira convive com algum tipo de dor crônica, sendo a fibromialgia a principal causa, respondendo por 10% dos diagnósticos médicos, estimando que cerca de 5 milhões de pessoas no Brasil tem fibromialgia.
“A Acupuntura é um tratamento da Medicina Tradicional Chinesa, que pode ser usada como ferramenta para redução de dor no corpo humano, e traz como um dos seus principais objetivos, harmonizar o Sangue (Xue) com a energia (Qi), para que assim ocorra uma melhor circulação dos vasos, favorecendo o equilíbrio entre as dualidades Yin e Yang”, declara o terapeuta holístico e acupunturista Marcelo Correia.
Para a Medicina Tradicional Chinesa, a fibromialgia é considerada uma síndrome de obstrução dolorosa, sendo capaz de acometer os órgãos e as emoções. As evidências científicas que temos até o momento sugerem que ela decorre de anormalidades hormonais, substâncias químicas cerebrais, e mudanças na forma como o SNC (Sistema Nervoso Central) processa a dor. A fibromialgia é uma doença crônica para a qual ainda não existe cura. Apesar disso, sabe-se que ela não é progressiva, nem fatal. Quando devidamente tratada, os sintomas são minimizados e até desaparecem.
Sintomas
A doença, que já acomete 5% da população mundial e 2,5% na população brasileira, é predominante em mulheres, na faixa etária de 20 a 50 anos, em uma proporção de sete mulheres para cada homem, mas pode acometer pessoas de qualquer idade ou gênero.
Além das fortes dores por todo o corpo durante muito tempo, estão entre os sintomas: sensibilidade nas articulações, nos músculos e nos tendões, ocasionando fadiga excessiva, indisposição e diminuição da qualidade do sono, bem como distúrbios cognitivos como esquecimento, falta de atenção e dificuldade de concentração.
“Com o tratamento adequado, que envolve tratamento medicamentoso da medicina ocidental, como também o tratamento interdisciplinar, utilizando-se a acupuntura, associada a uma fitoterapia especifica, a prática do Qi Gong (exercícios de cultivo da energia) e acompanhamento psicológico, é possível que o paciente tenha uma grande melhora na qualidade de vida, visto que, várias substâncias são liberadas pelos estímulos provocados pela Acupuntura, tais como endorfinas, encefalinas, betaendorfinas, betalipotrofina, acetilcolina, entre outras, conforme apontam estudos científicos, auxiliando no controle dos sintomas”, conclui Correia.