Com a chegada do verão, muitos aproveitam o calor para realizar atividades ao ar livre, como praia, piscina e esportes. No entanto, a exposição prolongada ao sol pode causar sérios danos à pele e vale o alerta para a importância da proteção e cuidados adequados. O dermatologista Dr. Gustavo Ribeiro, da clínica IBIS, compartilha orientações valiosas para manter a pele saudável durante esta estação.
A exposição solar excessiva pode resultar em queimaduras de primeiro e segundo grau, sendo estas últimas caracterizadas por formação de bolhas. Além disso, o sol acelera o envelhecimento da pele, contribuindo para o surgimento de rugas e manchas como o melasma, especialmente no rosto. Lesões pré-cancerígenas, como ceratoses, também podem surgir em áreas expostas, podendo evoluir para câncer de pele, se a proteção não for adequada.
Para tratar essas queimaduras, é fundamental sair imediatamente do sol, lavar a área afetada com água corrente e aplicar compressas frias para aliviar a dor. “A hidratação é fundamental, sendo recomendado a ingestão de ao menos dois litros de água diário e da utilização de cremes hidratantes que restauram a barreira de proteção cutânea ajudando a diminuir a inflamação local”, sinaliza o especialista, reforçando ainda que produtos contendo aloe vera e vitamina E também são benéficos, enquanto cremes à base de corticóides podem ser indicados para queimaduras mais graves, sempre sob orientação médica.
Após um dia de sol, Dr. Gustavo recomenda lavar a pele para remover resíduos de cloro ou areia e aplicar um creme hidratante logo em seguida. Durante o banho, prefira água morna ou natural e sabonetes suaves com pH neutro. Evite roupas que causem atrito nas áreas expostas e mantenha-se hidratado.
A recuperação da pele varia conforme o tipo e a intensidade da exposição solar. Lesões de primeiro grau podem melhorar em até uma semana, enquanto queimaduras de segundo grau podem levar até duas semanas para cicatrizar completamente. Além do uso regular de protetor solar, é essencial adotar outras medidas preventivas, como o uso de roupas leves e soltas de algodão, chapéus de aba larga, óculos com proteção UV e guarda-sóis. De acordo com o especialista, protetores labiais também são importantes, assim como manter uma dieta balanceada e evitar a exposição ao sol entre 10h e 16h, quando a radiação ultravioleta é mais intensa.
Dr. Gustavo ressalta que o tempo máximo de exposição ao sol varia conforme o tipo de pele. Pessoas com pele clara devem se expor por períodos mais curtos, principalmente nos horários de pico de radiação. “Por isso, é essencial aplicar o protetor solar corretamente e reaplicá-lo no tempo indicado”, aconselha. Mesmo fora da temporada de verão, é importante estar atento aos sinais de danos solares crônicos, como envelhecimento precoce, rugas, ressecamento e vermelhidão persistente. “Proteger-se do sol é um cuidado contínuo, essencial para manter a saúde da pele em qualquer época”, finaliza