A fila de pedido para benefícios do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) tem diminuído desde o início do ano, mas ainda 1,8 milhão de requerimentos aguardam análise. A informação consta do Boletim Estatístico da Previdência Social referente a março, que foi divulgado nesta quinta-feira (7).
Em janeiro, o número de espera chegou a 2,03 milhões e, em fevereiro, caiu para 1,86 milhão. O volume inclui tanto os processos que estão até 45 dias como os acima disso. No mês de março, o tempo médio de concessão de benefícios foi de 69 dias.
Com as agências fechadas desde 18 de março por causa das medidas de contenção à covid-19, o atendimento tem sido realizado apenas de forma remota, pelo site Meu INSS. Isso tem possibilitado ao instituto avançar na análise de requerimentos represados. A previsão é que as agências só voltema funcionar a partir de 22 de maio.
Embora o número de pedidos parados ainda seja alto, o advogado João Badari, especialista em direito previdenciário e sócio do escritório Aith, Badari e Luchin Advogado, considera que houve um avanço. “Avalio de forma positiva o trabalho que está sendo feito no INSS”, afirma Badari.
“Eles viraram o ano com mais de 2 milhões de requerimentos na fila. Em razão da covid-19, com agências fechadas, focaram em resolver esse represamento de processo administrativo, principalmente aqueles parados há mais de 45 dias. Em poucos meses, houve uma redução importante, o que está sendo muito efetivo”, explica o advogado.
Contratação temporária
Uma das medidas para tentar acabar com a espera é a contratação de servidores aposentados e militares da reserva para um período temporário. O processo seletivo simplificado já foi aberto e a expectativa é preencher 8.230 vagas para trabalhar no atendimento ao público e na análise de pedido de benefícios. As inscrições terminam neste domingo (10).
O presidente do INSS, Leonardo Rolim, tem mantido a promessa que espera zerar, no máximo até outubro, a fila dos que esperam mais de 45 dias por uma resposta do órgão.
R7