Chamadas de Práticas Integrativas e Complementares (PICS) pelo governo, são tratamentos que utilizam recursos terapêuticos baseados em conhecimentos tradicionais, voltados para curar e prevenir doenças como depressão e hipertensão, segundo comunicado do Ministério da Saúde.
As terapias são: apiterapia, aromaterapia, bioenergética, constelação familiar, cromoterapia, geoterapia, hipnoterapia, imposição de mãos, ozonioterapia e terapia de florais.
Terapias vão do uso de mel à argila
A apiterapia é um método que utiliza produtos produzidos por abelhas como geleia real, própolis e mel; a aromaterapia usa óleos extraídos de vegetais com objetivo terapêutico.
Já a bioenergética adota a psicoterapia corporal e exercícios terapêuticos para liberar tensões e a expressão de sentimentos; a constelação familiar é uma técnica de representação espacial das relações familiares que permite identificar bloqueios emocionais de gerações ou membros da família.
A cromoterapia utiliza as cores nos tratamentos de doenças; a geoterapia usa a argila com água para tratar doenças osteomusuculares, como lesões do esforço repetitivo (LER); a hipnoterapia é o uso terapêutico da hipnose que, por meio do relaxamento e da concentração, induz a pessoa a alcançar um estado de consciência aumentado a fim de alterar comportamentos indesejados.
Já a imposição de mãos tem o objetivo da cura pela transferência de energia ao paciente; a ozonioterapia combina oxigênio e ozônio por diversas vias de administração com finalidade terapêutica, e a terapia de florais consiste no uso de essências florais com o intuito harmonizar emocionalmente o indivíduo
Tratamentos já oferecidos pelo SUS
Com essas novas práticas, o SUS passa a oferecer 29 procedimentos alternativos. “O Brasil passa a contar com 29 práticas integrativas pelo SUS. Com isso, somos o país líder na oferta dessa modalidade na atenção básica. Essas práticas são investimento em prevenção à saúde para evitar que as pessoas fiquem doentes. Precisamos continuar caminhando em direção à promoção da saúde em vez de cuidar apenas de quem fica doente”, afirmou o ministro Ricardo Barros por meio do comunicado.
Além dessas dez novas inclusões, o governo informou que será publicada uma portaria que definirá as diretrizes e modo de implantação dos procedimentos termalismo/crenoterapia e medicina antroposófica, que já são oferecidas no SUS de forma experimental.
As terapias alternativas já disponíveis são: ayurveda, homeopatia, medicina tradicional chinesa, medicina antroposófica, plantas medicinais/fitoterapia, arteterapia, biodança, dança circular, meditação, musicoterapia, naturopatia, osteopatia, quiropraxia, reflexoterapia, reiki, shantala, terapia comunitária integrativa, termalismo social/crenoterapia e ioga.
Acupuntura é a mais procurada
Segundo o governo, as terapias são oferecidas em 9.350 estabelecimentos em 3.173 municípios, sendo que 88% são ofertadas na Atenção Básica. No ano passado foram registrados 1,4 milhão de atendimentos individuais em práticas integrativas e complementares. Somando as atividades coletivas, a estimativa é que cerca de 5 milhões de pessoas por ano participem dessas práticas no SUS.
De acordo como o Ministério da Saúde, a acupuntura é a mais difundida com 707 mil atendimentos e 277 mil consultas individuais. Em segundo lugar, estão as práticas de Medicina Tradicional Chinesa com 151 mil sessões, como taichi-chuan e liangong. Em seguida aparece a auriculoterapia com 142 mil procedimentos. Também foram registradas 35 mil sessões de ioga, 23 mil de dança circular/biodança e 23 mil de terapia comunitária.
R7