A maior operação do Comando Conjunto das Forças Armadas desde o início da intervenção na segurança pública do Rio de Janeiro foi deflagrada hoje (7) e está concentrada nas comunidades da zona oeste Cidade de Deus, Gardênia Azul, Outeiro, Vila do Sapê, Parque Dois Irmãos e Morro da Helena. A ação envolve cerco, estabilização dinâmica da área e remoção de barricadas, com 5.370 homens, sendo 4.600 das Forças Armadas.
O coronel do Exército Carlos Cinelli, porta-voz do Comando Conjunto das Forças Armadas, em um balanço parcial da ação na Cidade de Deus disse que “as tropas das Forças Armadas ainda vão permanecer mais um tempo nas comunidades e em seguida será reduzido um pouco o efetivo, mas vamos manter o patrulhamento ostensivo na área, porque essa é a finalidade dessa operação e estrategicamente vamos expandir as áreas de atuação ligadas aos batalhões da Polícia Militar”.
Ele informou que foram presas 15 pessoas, cinco menores foram apreendidos, além de 60 quilos de maconha, uma granada, três pistolas e um local utilizado para preparo de drogas.
Um militar batedor do Exército morreu ao atropelar um usuário de crack, na Avenida Brasil, quando fazia escolta do comboio das Forças Armadas. A vítima do atropelamento também morreu na hora. Um suspeito morreu ao trocar tiros com militares na Cidade de Deus. No Complexo do Lins, onde a Polícia Militar atuava contra o roubo de carga e de carros, um capitão da PM foi ferido sem gravidade.
Mais cedo, o interventor na segurança pública do Rio, general Walter Braga Netto, esteve na Avenida Edgar Werneck, principal acesso à Cidade de Deus, acompanhando o trabalho das forças de segurança. Cercado de forte aparato de segurança, o interventor cumprimentou militares que participavam da operação e, depois de alguns minutos, foi embora sem falar com os jornalistas.
Complexo do Lins
Na zona norte da cidade, a Polícia Militar atuou nas favelas do Complexo do Lins, onde é alto o índice de roubo de cargas e de carros. Por medida de segurança, a Autoestrada Grajaú-Jacarepaguá ficou fechada por mais de 5 horas. A PM ainda não divulgou um balanço final da ação.
Agência Brasil