om a chegada do Inverno é a hora de ter cuidados extras com a saúde, pois os registros de doenças respiratórias costumam aumentar neste período. O ar frio também atua como irritante das vias aéreas, o que acarreta mais sintomas alérgicos, como a falta de ar e coriza.
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), até o fim do século metade da população sofrerá algum tipo de alergia. Cerca de 30% da população mundial possui, por exemplo, algum tipo de intolerância ao pó, mofo, pólen de plantas, entre outros.
A alergia ocorre quando o organismo responde de uma maneira exagerada aos estímulos comuns do ambiente – elementos do ar, alimentos e medicamentos. Os principais tipos de alergia são as respiratórias – que costumam aumentar no Inverno, como rinite e asma, que causam espirros, coriza, coceira nos olhos, falta de ar, chiado no peito, tosse e dores de cabeça; dermatites atópicas, com vermelhidão, coceira e descamações na pele; e alergias alimentares, que geralmente se manifestam com inchaço ou coceira nos lábios, cólicas, diarreia, vômitos e rouquidão.
Além do crescente índice de poluição, com a chegada do inverno as manifestações alérgicas tornam-se mais comuns, por isso é importante alertar a população quanto aos riscos provenientes da doença e os cuidados que os alérgicos precisam tomar, principalmente nesta época do ano, quando vêm à tona as alergias sazonais.
A Dra. Bárbara Silva, alergologista do Grupo Fleury, detentor da Diagnoson a+, considera muito importante esse alerta, uma vez que as alergias acometem muitas pessoas. “O sistema imunológico responde de forma exagerada a uma substância após exposição à mesma. As alergias ocorrem em indivíduos previamente sensibilizados e com predisposição genética, na maioria das vezes”, informa.
De acordo com a médica, os principais fatores desencadeantes das alergias respiratórias e das dermatites atópicas são os ácaros, fungos, epitélios de animais (cães e gatos) e baratas. Já entre as alergias alimentares estão o leite de vaca, ovo, amendoim, frutos do mar, soja e nozes.
“Em todas as alergias, é importante afastar o fator causal, fazer um bom controle do ambiente e, caso necessário, tratamento medicamentoso acompanhado por um especialista e imunoterapia, como a vacina”, explica a médica. Segundo ela, quem tem rinite tem maior risco de desenvolver sinusite, otite, asma e distúrbios do sono, comprometendo a qualidade de vida.
“O exame clínico e uma boa conversa com o médico alergista são fundamentais para descobrir se o paciente é alérgico e de que tipo de alergia sofre, pois o profissional analisará episódios e reações que se repetem e provocam os sintomas”, recomenda.
A Dra.também destaca que cada tipo de alergia tem um teste alérgico específico e, por isso, é preciso passar por uma avaliação clínica prévia para obter a indicação correta. “Todos os exames devem ser feitos por profissionais especializados e em ambiente adequado. Quando indicados, são importantes para diagnosticar o antígeno exato e orientar o tratamento. Em caso de dúvidas, é importante sempre procurar um especialista para avaliação e confirmação do diagnóstico, para que se possa fazer um tratamento adequado, evitar riscos maiores e também restrições desnecessárias”, conclui.