Cinco cidades, cinco shows, centenas de pessoas emocionadas e um legado reafirmado. Assim se encerra a primeira temporada do projeto “Batatinha – 100 Anos de Samba & Poesia”, realizado pela Fundação Cultural do Estado da Bahia (Funceb), unidade vinculada à Secretaria de Cultura do Estado (Secult/BA), em homenagem ao centenário de Oscar da Penha, o Batatinha, um dos maiores poetas do samba brasileiro.
Entre os dias 1º e 29 de agosto de 2025, Salvador, Camaçari, Feira de Santana, Santo Amaro e Cachoeira receberam o espetáculo itinerante criado e dirigido por Dody Só, que transformou cada palco em espaço de memória, poesia e resistência.
Um público diverso e emocionado
A cada parada, o espetáculo reuniu plateias atentas e calorosas:
Camaçari: 75 pessoas
Feira de Santana: 102 pessoas
Santo Amaro: 67 pessoas
Cachoeira: 173 pessoas
Salvador: 210 pessoas
Ao todo, mais de 600 pessoas viveram a experiência de reencontrar Batatinha em versos, melodias e histórias compartilhadas.
A emoção de Dody Só
Para Dody, a temporada foi muito além da produção de um espetáculo.
“Batatinha 100 anos de samba e poesia. Fazer esse show foi para mim muito mais do que produzir um espetáculo. Foi um mergulho profundo na alma da Bahia, um reencontro com nossas raízes e um abraço na poesia que Batatinha deixou para o mundo. Cada nota, cada verso, cada aplauso me lembraram o quanto a arte pode curar, transformar e eternizar memórias. Passar por cidades como Camaçari, Feira de Santana, Santo Amaro, Cachoeira e voltar para Salvador foi acender fogueiras de afeto e resistência em cada lugar. Em cada olhar, percebi que Batatinha continua vivo, pulsando, cantando e contando histórias.”
O artista também fez questão de agradecer à Funceb, à Secult/BA e à família de Batatinha, especialmente a Arthur da Penha, filho do poeta, pela confiança e parceria no projeto.
Uma celebração da memória viva
Mais do que um show, a temporada foi um movimento de salvaguarda cultural. Antes de cada apresentação, o público foi recebido com uma palestra de Artur da Penha, que compartilhou lembranças e revelações íntimas sobre o pai. Em parceria com a Secretaria de Educação, o projeto também chegou às escolas públicas, despertando nos jovens o interesse pela potência do samba como arte e identidade.
Legado que segue
O centenário de Batatinha reafirmou que sua obra continua viva, iluminando novos caminhos para o samba e para a cultura afro-baiana. Para Dody Só, essa temporada é apenas o começo:
“Este projeto nasceu do cuidado e do amor. Carrego no peito uma gratidão imensa e a certeza de que Batatinha ainda tem muito a nos ensinar. Eu quero seguir levando essa chama ainda mais longe. Salve Batatinha, salve os 100 anos de Batatinha!”