Quase 15 dias após anunciar que vai demolir o Centro de Convenções da Bahia, o governo do estado ainda não sabe se o desmanche realmente vai acontecer, nem quando ele poderia ser feito. O equipamento está fechado há um ano e três meses e já forçou o fechamento de diversos hotéis, além de causar prejuízos para diversas empresas ligadas ao setor em Salvador. Também faz mais de um ano que o governador Rui Costa anunciou que construiria o novo equipamento no bairro do Comércio , mas, após uma série de divergências, o secretário de Turismo José Alves informou nesta terça-feira (10) que o tema só será definido após o fim de estudos técnicos, que só devem ficar prontos dentro de três meses. Questionado sobre o limite máximo para que local do novo Centro de Convenções seja escolhido, o secretário tergiversou: “A gente está perseguindo esta data. É importante que a gente faça todo um plano de referência técnica, identificando já essa área, e assim que sair este estudo vai sair a licitação”. Alves também não soube informar se ou como o desmanche do antigo equipamento aconteceria. A decisão de desmontar o atual prédio foi tomada em setembro deste ano, após parte da estrutura desabar . “Foi estabelecida uma comissão para justamente fazer todo estudo técnico, dar um laudo técnico sobre o assunto, e isso demanda tempo. A gente não pode esquecer que é um equipamento do estado, público, e que só pode ser feita qualquer tipo de intervenção após autorização”, justificou. Caso o atual centro seja realmente demolido, o governo não arrisca dizer se o terreno – localizado em uma área valorizada e próxima ao mar – será vendido ou utilizado para a construção de outro espaço público. “Qualquer coisa que eu falar agora é prematuro. Porque ainda não está concluída toda a história. Qualquer informação diferente dessa é muito precipitada. Temos que aguardar ainda todos os estudos que estão sendo feitos”, reforçou.
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