Maior festa popular do planeta, conhecida pela diversidade de manifestações culturais e riquezas nos ritmos e batuques dos afoxés, o Carnaval da Bahia 2023 será também referência com o projeto inovador de incentivo a neutralização de carbono durante os festejos. O Selo Carbono Zero, uma iniciativa da Secretaria Estadual do Meio Ambiente (Sema) e do Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Inema), foi anunciado pelo governador Jerônimo Rodrigues, nesta quarta-feira (08), em evento realizado na Concha Acústica do Teatro Castro Alves.
Na oportunidade, foram apresentados os investimentos, as ações e a programação do Governo para a festa momesca na capital e informado que o Selo será concedido às instituições que se comprometerem a neutralizar as emissões de gases do efeito estufa (GEE), com a meta de transformar o carnaval em um evento “carbono zero” até o ano de 2030.
É neste contexto que o Governo do Estado vai realizar ações efetivas durante o carnaval, uma excelente oportunidade de trazer a atenção da sociedade para a temática das mudanças climáticas e da necessidade de compromissos individuais e coletivos para redução da emissão de GEE, com a utilização de tecnologias sociais e soluções baseadas na natureza.
Serão convidadas a participar do projeto todas as instâncias envolvidas no Carnaval de Salvador, como blocos, trios, transportes, camarotes, movimentos festivos e hotelaria. O trabalho consiste em identificar as principais fontes emissoras de GEE antes, durante e depois das festividades, estipulando metas a serem alcançadas como o controle e redução destas emissões e compensação daquelas que não poderão ser evitadas, bem como a redução no volume gerado e destinação adequada dos resíduos sólidos, tratamento adequado dos efluentes líquidos, dentre outros.
“O clima do planeta está mudando e são cada vez mais comuns episódios de calor extremo, secas rigorosas, chuvas torrenciais e enchentes que impactam seriamente nossas cidades, inclusive no Estado da Bahia. O setor público assume papel central nessa empreitada, devendo conduzir as políticas públicas sobre o tema e protagonizar a adoção de medidas socioambientais adequadas em termos climáticos, além de fomentar e apoiar as adequações e mudanças de paradigmas no setor privado e na sociedade de uma maneira geral”, ressaltou o secretário do Meio Ambiente, Eduardo Sodré Martins.