O governo central — formado por Tesouro Nacional, Banco Central e Previdência Social — fechou o primeiro semestre de 2018 com rombo de R$ 32,8 bilhões. O resultado é o melhor desde 2015, quando o déficit foi de R$ 4,2 bilhões, em valores atuais.
O rombo, também chamado de déficit primário, é o resultado das contas do governo considerando as receitas e as despesas primárias. O valor deixa de fora o pagamento dos juros da dívida pública.
Mais uma vez, a Previdência Social foi o setor do governo central mais deficitário, com rombo de R$ 90,8 bilhões — alta de 6,4% ante 2017, já descontada a inflação, quando o déficit do Regime Geral da Previdência Social foi de R$ 82,8 bilhões.
O resultado de 2018 foi o terceiro pior da história para o período, perdendo para o primeiro semestre de 2017, quando o déficit foi de R$ 58,9 bilhões, e o de 2016, quando foi de R$ 39,4 bilhões — em valores de junho de 2018.
Considerando apenas o mês de junho, o déficit primário foi de R$ 16,4 bilhões, ante R$ 19,8 bilhões em junho de 2017.
Os dados divulgados mostram que aumentaram tanto as receitas como as despesas do governo central no primeiro semestre deste ano. A receita, no entanto, cresceu mais.
Os recursos em caixa passaram de R$ 547,6 bilhões de janeiro a junho de 2017 para R$ 599,6 bilhões agora — alta de 6,3 %, já descontada a inflação. Os gastos, por outro lado, subiram 2,2% no período, saltando de R$ 604,1 bilhões para R$ 636,5 bilhões.
“Essa melhora no resultado decorre do aumento da receita, (…) influenciado pela melhora dos principais indicadores macroeconômicos”, informa relatório do Tesouro Nacional, divulgado na tarde desta sexta-feira (27).
Com relação às despesas, o Tesouro informa que pesou negativamente o crescimento dos benefícios previdenciários além de despesas de pessoal.
Até o final do ano, o governo prevê rombo total de R$ 157,2 bilhões, valor autorizado pelo Congresso Nacional.
No primeiro semestre de 2016 e 2015, o déficit primário foi de R$ 32,5 bilhões e R$ 1,7 bilhão, respectivamente. O último ano com resultado positivo de janeiro a junho foi 2014, quando o superávit primário foi de R$ 17,3 bilhões.
R7