O Ministério da Saúde quer reduzir em 20% o índice de mortalidade de crianças indígenas com até 5 anos de idade, até 2019. As ações para alcançar essa meta foram anunciadas nessa quarta-feira (23), em Manaus, pelo ministro da Saúde, Ricardo Barros.
Entre elas, estão o reforço no acompanhamento de gestantes e bebês e na qualificação de profissionais de saúde especificamente nas doenças com maior prevalência na infância.
Dados da pasta mostram que o índice de mortalidade infantil indígena é três vezes maior que a média nacional, apesar de ter reduzido 58% nos últimos 15 anos.
No ano 2000, eram 74,61 mortes por mil nascidos vivos e, atualmente, é de 31,28, enquanto no país são 13,8 óbitos para cada mil nascidos vivos.
Segundo o ministério da Saúde, 65% dessas mortes poderiam ser evitadas porque foram provocadas por doenças respiratórias, parasitárias e nutricionais, que são tratáveis.
O ministro destacou que tem discutido com as lideranças indígenas melhorias no serviço de saúde oferecido a essa população.
Como forma de ampliar o atendimento de saúde das populações indígenas e ribeirinhas da Amazônia, o Ministério da Saúde também entregou cinco unidades básicas de saúde fluviais para os municípios de Barreirinha, Parintins, Anamã e São Paulo de Olivença, no Amazonas, e para Melgaço, no Pará.
O prefeito de Barreirinha, Messias Pereira Batista, que é indígena sateré-mawé, conta que a embarcação vai atender cerca 30 mil pessoas no município, entre elas, 7 mil indígenas.
As unidades básicas de saúde fluviais possuem salas de espera, imunização, farmácia, consultórios médicos e de enfermagem, além de dormitórios, cozinha e banheiros. Serão feitas viagens mensais com duração de 22 dias para atender a população ribeirinha.
ebc