Com a paralisação dos caminhoneiros, que chegou ao 5º dia nesta sexta-feira (25), e a consequente redução dos estoques, grandes supermercados informaram que estão limitando a venda de produtos a clientes em Salvador.
A rede Walmart informou que suas lojas estão abastecidas em função dos estoques, mas que podem apresentar falta de alguns itens. Confirma que o setor de hortifruti já passa por dificuldades no abastecimento.
Disse que, na expectativa de que a situação seja normalizada o mais rápido possível, para minimizar impactos e garantir o atendimento a todos os clientes, está limitando a compra de cinco unidades de cada produto por pessoa.
A rede GBarbosa destacou que também está limitando a compra de produtos em 10 unidades por cliente para alguns itens com riscos de desabastecimento. A medida é válida para todas as lojas de Salvador, mas os tipos de itens variam de acordo com o estoque de cada loja.
A mesma situação acontece nas 10 unidades do Atakarejo na capital e Lauro de Freitas, na região metropolitana de Salvador, onde a compra também está limitada por cinco unidades de cada produto por pessoa. A previsão da empresa é que, caso a greve não seja encerrada logo, futas e verduras devem acabar nas unidades até o domingo (27).
O Mercantil Rodrigues informou que continua realizando as vendas sem limite máximo de itens por compra até o momento, mas que está acompanhando a situação junto aos fornecedores, e esperam que o abastecimento seja rapidamente normalizado para que a população não seja prejudicada pela falta de itens de consumo diário.
O presidente do Sindicato dos Supermercados e Atacados de Auto Serviço do Estado da Bahia (Sindsuper), Teobaldo Costa, afirma que a limitação da venda de produtos por clientes é uma medida que está sendo adotada por grandes redes de todo o país.
“A situação é muito crítica. Nesses últimos dias, já observamos uma corrida aos supermercados de pessoas que estão com medo de desabastecimento e, se essa greve continuar, primeiro acaba as commodities que não têm alto estoque, como produtos perecíveis, como frutas e verduras, e depois arroz, feijão, farinha”, destaca.
Costa também não descarta a possibilidade de supermercados fecharem as portas por falta de funcionários. “A situação é crítica ate para os funcionários, que têm carro ou dependem de ônibus, que podem ficar sem combustível nos veículos para se locomover até o trabalho. Estamos acompanhando a situação e esperamos que seja logo resolvida”.
G1