A decisão foi baseada em estudos e conhecimentos já consolidados sobre a atividade de outros coronavírus e do vírus da gripe. O ministério destaca que elas são mais suscetíveis a infecções em geral.
“Estudos científicos apontam que a fisiopatologia do vírus H1N1 pode apresentar letalidade nesses grupos associados à história clínica de comorbidades dessas mulheres. Sendo assim, para a infecção pelo coronavírus, o risco é semelhante pelos mesmos motivos fisiológicos, embora ainda não tenha estudo específico conclusivo”, afirma em nota.
O ginecologista e obstetra Geraldo Caldeira, membro da FEBRASGO (Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia), ressalta que as grávidas não podem interromper o pré-natal.
“Tem que continuar fazendo as consultas, mesmo que seja virtualmente”, destaca. “Mas para as grávidas de alto risco [que apresentam comorbidades como diabetes, hipertensão e doenças autoimunes] o atendimento deve ser presencial”, acrescenta.
O especialista também destaca a importância de fazer o isolamento social e recomenda o uso da máscara de pano sempre que for necessário sair de casa.
“O ideal é evitar sair, mas se precisar vai de máscara. O uso de máscara não é bobagem. Países como República Tcheca e Cingapura controlaram [a disseminação do vírus] com essa medida”, afirma.
“A máscara de pano não é tão eficaz quanto a cirúrgica, mas se não houver contato próximo com outras pessoas, ela protege muito bem”, compara.
Além disso, é importante seguir as recomendações de higiene feitas pelo Ministério da Saúde, como lavar as mãos frequentemente com água e sabão ou usar álcool 70%.
Caldeira afirma que por enquanto não existem evidências científicas de que o novo coronavírus possa ser transmitido da mãe para o feto ainda no útero ou para o bebê recém-nascido durante o parto.
“Há alguns trabalhos mostrando casos de bebês com dois dias testando positivo [para a covid-19], mas não se sabe exatamente como ocorreu a transmissão, faltam mais pesquisas para poder tirar conclusões”, pondera.
O leite materno também não é contaminado pelo novo coronavírus, de acordo com os conhecimentos adquiridos até agora. Entretanto, as mães que testaram positivo para o vírus e estão com sintomas como falta de ar e febre alta não devem amamentar.
“Nesse caso, ela deve tirar o leite e colocar na chuquinha para que o marido dê o leite ao bebê. Não tem vírus no leite. O perigo é contaminar a criança ao tossir e espirrar”, explica o ginecologista.
Ainda de acordo com ele, se a mãe tem a covid-19, mas apresenta sintomas leves, pode ela mesma dar o leite ao filho. “Deve colocar a máscara e pode amamentar normalmente”, orienta.
R7
A decisão foi baseada em estudos e conhecimentos já consolidados sobre a atividade de outros coronavírus e do vírus da gripe. O ministério destaca que elas são mais suscetíveis a infecções em geral.
“Estudos científicos apontam que a fisiopatologia do vírus H1N1 pode apresentar letalidade nesses grupos associados à história clínica de comorbidades dessas mulheres. Sendo assim, para a infecção pelo coronavírus, o risco é semelhante pelos mesmos motivos fisiológicos, embora ainda não tenha estudo específico conclusivo”, afirma em nota.
O ginecologista e obstetra Geraldo Caldeira, membro da FEBRASGO (Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia), ressalta que as grávidas não podem interromper o pré-natal.
“Tem que continuar fazendo as consultas, mesmo que seja virtualmente”, destaca. “Mas para as grávidas de alto risco [que apresentam comorbidades como diabetes, hipertensão e doenças autoimunes] o atendimento deve ser presencial”, acrescenta.
O especialista também destaca a importância de fazer o isolamento social e recomenda o uso da máscara de pano sempre que for necessário sair de casa.
“O ideal é evitar sair, mas se precisar vai de máscara. O uso de máscara não é bobagem. Países como República Tcheca e Cingapura controlaram [a disseminação do vírus] com essa medida”, afirma.
“A máscara de pano não é tão eficaz quanto a cirúrgica, mas se não houver contato próximo com outras pessoas, ela protege muito bem”, compara.
Além disso, é importante seguir as recomendações de higiene feitas pelo Ministério da Saúde, como lavar as mãos frequentemente com água e sabão ou usar álcool 70%.
Caldeira afirma que por enquanto não existem evidências científicas de que o novo coronavírus possa ser transmitido da mãe para o feto ainda no útero ou para o bebê recém-nascido durante o parto.
“Há alguns trabalhos mostrando casos de bebês com dois dias testando positivo [para a covid-19], mas não se sabe exatamente como ocorreu a transmissão, faltam mais pesquisas para poder tirar conclusões”, pondera.
O leite materno também não é contaminado pelo novo coronavírus, de acordo com os conhecimentos adquiridos até agora. Entretanto, as mães que testaram positivo para o vírus e estão com sintomas como falta de ar e febre alta não devem amamentar.
“Nesse caso, ela deve tirar o leite e colocar na chuquinha para que o marido dê o leite ao bebê. Não tem vírus no leite. O perigo é contaminar a criança ao tossir e espirrar”, explica o ginecologista.
Ainda de acordo com ele, se a mãe tem a covid-19, mas apresenta sintomas leves, pode ela mesma dar o leite ao filho. “Deve colocar a máscara e pode amamentar normalmente”, orienta.
R7