O chefe do Parlamento da Venezuela, Juan Guaidó, reconhecido por mais de 50 países como presidente interino da Venezuela, denunciará na Justiça da Espanha o governo de Nicolás Maduro por lavagem de dinheiro, confirmou nesta sexta-feira à Agência Efe o escritório de advocacia contratado pelo opositor.
Trata-se do escritório Cremades & Calvo Sotelo, que também trabalha na defesa internacional do opositor venezuelano Leopoldo López, que cumpre prisão domiciliar em Caracas.
O presidente do escritório espanhol, Javier Cremades, explicou que, além de denunciar o governo de Maduro, serão movidas ações para congelar seus ativos na Espanha.
Entre esses ativos, estão os da companhia petrolífera estatal PDVSA, da Corporação Venezuelana de Guayana e, inclusive, dos fundos da Embaixada na Espanha.
Os processos serão abertos dentro de duas semanas, segundo disse Cremades, que explicou que, além disso, querem denunciar o atual embaixador da Venezuela na Espanha, Mario Isea, — designado pelo governo de Maduro — por usurpação de funções públicas.
O escritório está trabalhando com advogados venezuelanos e teve reuniões técnicas com Antonio Ecarri, representante pessoal de Guaidó na Esoanha, com uma equipe liderada pelo magistrado Juan Saavedra, que foi presidente da Segunda Vara do Tribunal Supremo da Espanha.
Em entrevista à Efe, Ecarri anunciou no início de março que solicitaria formalmente o congelamento das contas do governo de Maduro na Europa para evitar um novo “desperdício” e criar um fundo humanitário de ajuda.
“Estamos consultando escritórios de advocacia, tantos espanhóis como venezuelanos, que nos mostraram solidariedade e que conhecem, além disso, o ordenamento jurídico não só da Espanha, mas de toda a Europa”, disse.
R7