Após 45 dias da criação do Distrito Cultural do Centro Histórico, os índices de roubo e ações delituosas reduziram em 48%, segundo levantamento da Guarda Civil Municipal de Salvador (GCM), no período de 28 de abril a 12 de junho. Com a realização dos festejos juninos, que se estendem até o dia 25 deste mês, as operações da Guarda seguem intensificadas, em regime 24h de patrulhamento preventivo, para redução da violência.
Neste mesmo período, foram 331 atendimentos, tendo aumento de 443% no número de serviços ofertados pela GCMS. Os dados coletados pelo Sistema Integrado de Gestão da Guarda Civil Municipal (SIGGCM) compõem um relatório, que faz um comparativo com a quantidade de ocorrências referente ao mesmo período do ano passado.
O documento apresenta os resultados das atividades desenvolvidas pela Guarda Civil, no Centro Histórico, desde a implantação das medidas autorizadas pelo prefeito Bruno Reis, com objetivo de revitalizar o local, considerado um dos grandes pontos turísticos da capital baiana.
Segundo Maurício Lima, diretor de Segurança Urbana e Prevenção à Violência de Salvador, que acompanha de perto a execução dos trabalhos, os dados ilustram o saldo positivo das ações desenvolvidas cotidianamente pela GCMS. “ A Guarda Municipal está ativa e presentes nos quatro cantos do Centro Histórico, visando atender a população e garantir a prestação dos serviços com qualidade e eficiência. Os índices alcançados até aqui são satisfatórios e vamos trabalhar incansavelmente para melhorar ainda mais”, assinala.
Sobre a elaboração do relatório, o diretor esclarece que cada gerência e/ou setor envolvido no Distrito Cultural do Centro Histórico tem a responsabilidade de registrar e atualizar informações relacionadas à atuação da GCM. “Com esses indicativos conseguimos monitorar nosso desempenho, bem como o perfil organizacional das atividades. Os dados são colhidos diariamente, permitindo eventuais redirecionamentos, necessários para o desempenho da missão”, destaca Lima.
Moradora do Santo Antônio Além do Carmo há mais de 50 anos, Maria do Rosário, de 67 anos, ressalta a sensação de segurança e tranquilidade com a atuação da Guarda na região. “Estou muito feliz com o trabalho que a Guarda vem realizando aqui no bairro e em todo Centro Histórico. Oferece mais tranquilidade para fazer nossas caminhadas à noite, passear pelo Pelourinho, sentar na pracinha para bater papo com os vizinhos e amigos. Por aqui estamos felizes e amando todas as mudanças”, afirma.
Agenor de Almeida, de 53 anos, também é morador do Centro e descreveu com alegria o novo momento que a região vem vivendo. “A Guarda está presente em todos os cantos e isso faz com que os turistas, visitantes e até os moradores locais se sintam seguros para explorar as belezas do nosso Centro Histórico. Isso é bom demais”, disse ele.
Reforço – Desde a implantação do Distrito Cultural do Centro Histórico, no antigo Instituto ACM, no Terreiro de Jesus, a diretoria da Guarda Civil passou a funcionar no mesmo espaço. Entre as ações de reforço da Guarda está a convocação de 100 novos agentes para atuação exclusiva no Centro Histórico.
A localidade passou a contar também com o reforço de agentes lotados em todas as unidades, uma média diária de 60 agentes fixos no local, auxílio de oito viaturas, quatro motos, além de patrulhamento a pé e reforço em equipamentos públicos de acesso entre as cidades altas e baixa. A Diretoria de Segurança estuda ainda, a implantação de uma base fixa da Guarda Civil Municipal, exclusiva para o Centro Histórico.
Patrulhamento – As ações no Centro Histórico contam ainda com o trabalho do Grupamento de Apoio ao Turista (GAT), que tem unidade física na Rua Gregório de Matos, em frente a Associação cultural Filhos de Gandhi. Os agentes do GAT executam patrulhamento preventivo e ostensivo na região, através de viaturas motorizadas ou a pé, com profissionais capacitados no âmbito do atendimento turístico local e estrangeiro.
Atualmente, cerca de 80 guardas, divididos em turnos, percorrem as localidades do Comércio, Santo Antônio Além do Carmo, Elevador Lacerda, Praça Cairu, Mercado Modelo, Praça da Sé e Terreiro de Jesus e imediações.
Fotos: Lucas Moura/Secom