O ministro da Economia, Paulo Guedes, disse nesta sexta-feira (20) que prefere não fazer uma reforma tributária a aprovar um texto que piore o sistema de tributação do país, mas ele ponderou que parte das críticas à proposta do governo para o Imposto de Renda está vindo de segmentos que passarão a pagar IR com as mudanças.
“Temos que ver mesmo se vai piorar ou não. Se chegar à conclusão que vai piorar, eu prefiro não ter”, disse Guedes em audiência pública no Senado. “E piorar para mim é aumentar imposto, é tributar gente que não pode ser tributada, é fazer alguma coisa que prejudique Estados ou municípios, o que acho que nós não estamos fazendo também.”https://142f05cafb4ea0c0a981af0112fa7052.safeframe.googlesyndication.com/safeframe/1-0-38/html/container.html
Na última terça-feira (17), os deputados adiaram mais uma vez a análise das mudanças no Imposto de Renda previstas no Projeto de Lei 2337/21, do Poder Executivo. O texto, que faz parte do pacote da reforma tributária, trata da cobrança do tributo sobre lucros e dividendos distribuídos pelas empresas a acionistas, diminuição do Imposto de Renda das empresas e cancelamento de alguns benefícios fiscais.
O texto foi retirado da pauta do plenário com o voto favorável de 390 deputados e 99 contrários. Foi a segunda vez que a votação foi adiada – o projeto já estava na pauta da última quinta-feira (12). O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), voltou a falar que não haverá consenso sobre a reforma tributária por se tratar de um tema muito complexo.
R7