O candidato à Presidência da República do PT, Fernando Haddad, disse hoje (9) ver uma ameaça à democracia em ataques virtuais e físicos resultados de divergência de opinião política. Ele deu como exemplo a perseguição, pelas redes sociais, à jornalista Miriam Leitão, colunista do jornal O Globo e da Globo News. “Eu queria me solidarizar aos ataques à liberdade de expressão que a jornalista Miriam Leitão está sofrendo na internet, na minha opinião, muito graves. Ela manifestou uma opinião e está sendo muito atacada pela honra nas redes sociais”, ressaltou ao chegar para uma reunião do partido com governadores.
Haddad lembrou ainda o caso do mestre de capoeira e compositor Moa do Katendê, assassinado com 12 facadas nas costas no último domingo (7) em Salvador. O autor do crime admitiu que atacou o mestre motivado por uma discussão política. “Espero que nenhum de vocês tenha que passar por isso, mas nós que estamos na vida pública sentimos que a democracia esteja ameaçada com esse tipo de atitude, na minha opinião, covarde, de determinados setores da sociedade que não convivem com regras democráticas”, disse o candidato.
Haddad disse ter procurado ontem (8) a campanha do candidato à Presidência da República do PSL, Jair Bolsonaro, para buscar um entendimento em relação à animosidade e a difusão de informações falsas. “Ontem mesmo tentei uma aproximação com a candidatura do meu adversário para estabelecer um protocolo ético para as redes sociais”, ressaltou. Para Haddad, apesar de adversários, poderia haver uma cooperação nesse sentido.
Economia
Fernando Haddad disse que o foco de um eventual governo na área econômica será a recuperação do mercado interno de consumo. “A economia vai ser recuperada garantindo o poder de compra dos trabalhadores, não cortando direitos. O corte de direitos vai nos levar a mais recessão”, ressaltou. Segundo ele, é possível melhorar a renda dos trabalhadores fazendo mudanças na estrutura tributária.
Agência Brasil