A hamburgueria soteropolitana Vip Burguer Artesanal lançou, neste 7 de setembro, o combo especial ‘Fora Bolsonaro’. A combinação passou a compor o cardápio da loja como forma de protesto contra as ameaças de golpe feitas pelo presidente da República Jair Bolsonaro e seus apoiadores contra a democracia e as garantias constitucionais contidas na Carta de 1988.
O objetivo do lançamento do combo especial anti-bolsonarista, que foi idealizado em parceria com o Coletivo de Entidades Negras (CEN), é reafirmar a importância da defesa das liberdades coletivas e individuais e dos direitos das populações mais vulneráveis – especialmente do povo negro, dos e das LGBTQIAP+, dos povos indígenas e das mulheres – que também são o público alvo prioritário dos discursos de ódio do presidente e do séquito bolsonarista.
O combo Fora Bolsonaro, especial do 7 de setembro, custa R$ 49,91 e é composto por um hambúrguer com 160g de blend de picanha premium, muçarela, bacon crocante, cebola roxa, tomate, alface americana, milho barbecue, maionese preparada na casa e pão de batata. Acompanham o hambúrguer um refrigerante em lata e uma porção de batatas fritas.
A Vip Hambúrguer Artesanal funciona por delivery, via ifood ou pelo telefone 71 3366 3040. O proprietário do espaço, o chef de cozinha Demétrius Rezende, afirma que a iniciativa foi a sua forma de dizer que o Brasil não tolera arroubos antidemocráticos que façam o país retroceder em liberdade e garantias democráticas, o que, relembra, é papel também do setor privado. “Somos Fora Bolsonaro em qualquer ocasião. O empresário consciente não tolera qualquer tipo de ameaça ao Estado de Direito”, diz o gastrônomo.
A mesma tese é chancelada também pelo historiador Marcos Rezende, fundador do Coletivo de Entidades Negras (CEN), entidade que é parceira na ação. “Quando a gente adota ações como essa, a gente está fazendo a disputa de opiniões da sociedade, fazendo a disputa cultural, dando visibilidade ao assunto e dizendo que não há clima fértil para golpismo entre os brasileiros, dizendo que quem defende essas barbaridades é minoria. E que a maioria absoluta que é democrática, que defende a Constituição, possa se unir e derrotar esse projeto político de exceção”, analisa o historiador.