A Harmonização Facial ou Harmonização Orofacial (HOF) é um conjunto de procedimentos, protocolos e técnicas que têm como principal objetivo proporcionar uma melhor harmonia, alinhando e corrigindo os ângulos da face. Essas técnicas podem proporcionar melhor relação entre os dentes, realçar características já existentes, alcançando o equilíbrio estético e funcional. Para a realização destes procedimentos, a coordenadora do curso de Odontologia da Unijorge, Nicole Ribeiro, explica que podem ser utilizados a toxina botulínica, substâncias para preenchimento, colocação de fios de sustentação, bioestimuladores de colágeno, dentre outros, que proporcionam aos pacientes um aspecto mais jovial e simétrico.
Uma das substâncias mais utilizadas, a toxina botulínica, funciona bloqueando temporariamente a liberação da acetilcolina, substância neurotransmissora que age no músculo, paralisando as contrações e relaxando a pele que fica sem vincos e rugas. Já os bioestimuladores são substâncias que estimulam a produção de colágeno quando injetadas em determinadas camadas da pele. Outra técnica é a utilização de fios de sustentação compostos por materiais biocompatíveis aos tecidos humanos que ajudam a reposicionar os tecidos faciais que perderam a elasticidade.
Esses procedimentos podem ser realizados por homens e mulheres para fins estéticos e não existe uma idade definida para iniciá-los, mas, por estarem associados a uma manutenção da jovialidade, normalmente, são realizados com mais frequência por pessoas acima de 30 anos. Sobre a questão da idade, a coordenadora afirma que os procedimentos em sua maioria, não cirúrgicos e pouco invasivos, não seriam contraindicados facilmente. Mas, como o principal objetivo é promover o alinhamento e correção de ângulos faciais, deve-se ter atenção a dois fatores: período de crescimento e bom-senso.
“Em relação ao crescimento, como ainda há chance de mudança nas características faciais, é importante aguardar um tempo maior para que o resultado seja efetivamente satisfatório e fidedigno. Quanto ao bom-senso, é mais difícil determinar o momento certo, já que se trata de uma questão pessoal, mas dependendo do procedimento, é importante o paciente entender que existem casos que ainda não têm indicação”.
A coordenadora afirma ainda que os pacientes devem ficar atentos aos riscos, pois todo procedimento, mesmo que minimamente invasivo, precisa de atenção. Os cuidados devem anteceder o procedimento e o paciente deve avisar ao especialista em relação a doenças prévias (diabetes, hipertensão, autoimunes e outras); evitar a exposição ao sol no rosto nos dias anteriores e usar protetor solar. Após o procedimento, é importante evitar tomar sol nos dias seguintes e sempre usar o protetor solar recomendado; não realizar massagens faciais ou fazer movimentos bruscos na face; evitar o uso de maquiagens e cosméticos; evitar atividades físicas intensas no dia de tratamento.“Como algumas substâncias são injetadas no tecido da face, pode haver inflamação (dor, rubor e edema) e, raramente, hematomas e alterações na sensibilidade também podem acontecer”.