O índice de homicídios no Brasil em 2016 atingiu a marca de 30,3 para cada 100 mil habitantes, totalizando 62.517 vítimas naquele ano. Significa dizer que, em média, 171 pessoas foram assassinadas por dia, no ano de 2016, no Brasil.
Trata-se do maior patamar nos últimos dez anos, portanto, desde 2006, segundo o Atlas da Violência 2018, divulgado pelo Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada) e pelo FBSP (Fórum Brasileiro de Segurança Pública) nesta terça-feira (5).
Os dados são os mais atuais sobre a violência no Brasil e têm como base os números do SIM (Sistema de Informação sobre Mortalidade), do Ministério da Saúde, entre 2006 e 2016, e as informações de registros policiais publicadas no 11º Anuário Brasileiro de Segurança Pública, do FBSP, divulgadas no ano passado.
O Estado com maior taxa de homicídios é Sergipe, com 64,7 casos para cada 100 mil habitantes — ou 1.465 vítimas no ano de 2016.
Em seguida, vem Alagoas, com 54,2 homicídios por 100 mil habitantes (1.820 mortes), e Rio Grande do Norte, com taxa de 53,4 a cada 100 mil (1.854 vítimas no total). Todos os Estados estão na região Nordeste.
São Paulo se manteve, pelo segundo ano seguido, com o menor índice do país, com a taxa de 10,9 homicídios por 100 mil habitantes. No entanto, em número total de vítimas, o Estado é o terceiro mais violento, com 4.870 pessoas assassinadas em 2016. Apenas Bahia (7.171 vítimas) e Rio de Janeiro (6.053 vítimas) têm mais homicídios.
Homicídios entre jovens
Considerando apenas jovens com idades entre 15 e 29 anos, a taxa de homicídios por 100 mil habitantes é o dobro da média nacional. Em âmbito nacional, a índice é de 65,5 homicídios de jovens por 100 mil habitantes, o que representa um total de 33.590 jovens assassinados — 94,6% dessas vítimas eram homens.
Sergipe também está no topo na violência contra a juventude, com uma taxa de 142,7 homicídios de jovens por um grupo de 100 mil.
O Estado é seguido por Rio Grande do Norte (taxa de 125,6) e Alagoas (122,4). O Estado do Pará, com 98 homicídios de jovens no grupo de 100 mil, sétimo mais violento contra juventude no país, é o primeiro fora da região Nordeste.
R7