Em fevereiro, os casos de homicídios e de latrocínios (roubo seguido de morte) tiveram queda em todo o estado de São Paulo. No entanto, o número de estupros cresceu. Também houve aumento nos casos de furtos, principalmente de celulares e de carteiras.
Homicídios
Segundo balanço divulgado hoje (23) pela Secretaria de Segurança Pública de São Paulo, os homicídios dolosos caíram 19,93% em relação ao mesmo mês de 2017, passando de 296 casos para 237. A quantidade de vítimas (cada caso de homicídio pode ter mais de uma vítima) também caiu – de 312 mortos para 246 em fevereiro deste ano. São os menores números desde 2001.
Os casos de latrocínio (roubo seguido de morte) tiveram queda de 35,29%, caindo de 34 casos em fevereiro do ano passado para 22. O número de vítimas reduziu 34,29%, passando de 35 para 23 registros. São os menores patamares para mês de fevereiro desde 2015.
Estupros
Já os crimes de estupro tiveram alta de 25,82%, passando de 794 boletins de ocorrência para 999 em todo o estado. Só na capital, foram 224 casos de estupro em fevereiro. O indicador subiu em todas as regiões analisadas: na capital, na Grande São Paulo e também no interior, onde o aumento foi de 30,82%, somando 590 ocorrências.
Mais uma vez, o secretário Mágino Alves Barbosa Filho informou que a maior parte destes casos, cerca de 80%, envolve “pessoas que se conhecem”. “Portanto, são crimes que dificultam a ação dos organismos de segurança. Mas a notificação desses crimes impede a reiteração da prática do crime”, disse.
Na comparação anual, esse crimes registram aumento desde outubro.
Furtos
Os furtos no estado, por sua vez, subiram 8,7%, atingindo 46.716 casos em fevereiro deste ano, puxado principalmente pelo aumento na capital, com 2.852 casos. Segundo o secretário, isso se deveu principalmente ao carnaval. “Tivemos um aumento pontual nesse tipo de crime nesse período por conta do carnaval. Isso já observamos no ano passado e observamos neste ano também”, disse.
Intervenção no Rio
O secretário negou que a intervenção federal na segurança do Rio de Janeiro esteja influenciando os índices de criminalidade em São Paulo. De acordo com ele, algumas regiões do estado, como as cidades mais próximas da divisa com o Rio, exigem maior precaução, mas até o momento, não houve migração de criminosos. “Estamos realizando operações rotineiras, por precaução, nas proximidades das nossas divisas. Mas não registramos nenhum dado que nos alarme em relação a esse tipo de migração. Temos uma precaução e não preocupação nas áreas de divisa. Mas é algo que está sob controle”, ressaltou.
Agência Brasil