Lavar as mãos com água e sabão ou higienizá-las com álcool em gel antes de entrar em uma Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) pode ser a diferença entre a vida e a morte de um paciente. Por isso, no Dia Mundial da Sepse, celebrado neste 13 de setembro, a Comissão de Controle de Infecções, do Hospital Geral Roberto Santos (HGRS), em Salvador, reforça o trabalho de orientação, tanto para os profissionais de saúde da própria unidade quanto para quem está acompanhando algum paciente.
Segundo o diretor do HGRS, José Admirso Lima, o trabalho educativo é fundamental. “Este é o maior hospital escola da Rede Sesab [Secretaria da Saúde do Estado] e a gente aproveita esses dias de cunho comemorativo para fazer algumas campanhas. Esta é, principalmente, para os profissionais de saúde e para os acompanhantes, e trata da importância de se lavar corretamente as mãos no ambiente hospitalar. A sepse é uma infecção grave e um dos pilares do tratamento é a prevenção”.
O diretor ressaltou que nessa época é reforçado um trabalho que já é feito durante o ano inteiro na unidade. “Nos últimos anos, nós economizamos cerca de R$ 350 mil em antibióticos, porque nossas ações de educação estão fazendo efeito. Nós também temos uma UTI, com dez leitos, onde treinamos equipes para se tornarem multiplicadores, e por isso temos um equipe premiada pelo Ministério da Saúde, por terem essas medidas tão importantes. Controlar a sepse é a forma de se salvar mais vidas e economizar dinheiro nos hospitais”.
Coordenadora deste trabalho de conscientização, Leila Moura faz parte da Comissão de Controle de Infecções do hospital e destaca que a lavagem das mãos ou a higienização com álcool gel reduz, em até 99,9%, as infecções hospitalares. “A higienização é a principal forma de combate e prevenção às infecções”, afirmou Leila.
Sobre a Sepse
Antes conhecida como septicemia ou infecção generalizada, a sepse é desencadeada por uma resposta desregulada do organismo na presença de um agente infeccioso, que pode estar em qualquer órgão. Quando não descoberta e tratada rapidamente, a inflamação é capaz de levar à morte.
De acordo com dados divulgados pelo Instituto Latino Americano de Sepse (Ilas), a sepse é responsável por mais mortes do que o câncer ou infarto agudo do miocárdio. Estima-se cerca de 670 mil casos no Brasil, por ano, sendo a maioria entre os serviços de urgência e emergência.