O Hospital Ortopédico do Estado da Bahia, unidade pública gerida pelo Einstein, inicia, no próximo domingo (18), uma série de mutirões de cirurgias com o objetivo de reduzir as filas de espera por procedimentos de joelho de alta complexidade no estado da Bahia. Na primeira etapa, que terá duração de uma semana, 80 pacientes adultos serão contemplados. Serão 22 cirurgiões envolvidos nessa força-tarefa, além de uma equipe multidisciplinar composta por enfermeiros, anestesistas, técnicos, auxiliares de enfermagem e fisioterapeutas.
A maioria dos pacientes, selecionados a partir da fila de regulação, sofre com lesões ligamentares ou de menisco. As operações vão acontecer em 13 salas simultâneas, com uma duração média de quatro horas cada. O tempo e complexidade se devem ao fato de que, em muitos casos, há a necessidade de realização de uma artroplastia, que se dá na substituição da articulação por uma prótese.
“Serão cirurgias de altíssima complexidade, com uso de materiais especiais e tecnologia de última geração. O objetivo é devolver qualidade de vida para esses pacientes”, revela Roger Monteiro, diretor médico do Hospital Ortopédico do Estado da Bahia. Em 150 dias de funcionamento, o maior hospital ortopédico do país já realizou 2.000 cirurgias e 29.156 atendimentos. Os mutirões vão atender uma demanda reprimida de cirurgias na especialidade.
A equipe de ortopedia do Einstein, responsável pela interlocução com o time do Hospital Ortopédico do Estado da Bahia e implementação na unidade das mesmas práticas, protocolos e padrão de atendimento que são praticados na unidade privada de São Paulo, convocou um time de profissionais conceituados no país e no exterior para o mutirão. Entre eles, Moisés Cohen, André Wajnsztejn, Joicemar Amaro, Frank Beretta Marcondes, Lauro Augusto Veloso Costa, Noel Oizerovici Foni, Luiz Fabiano Presente Taniguchi e Mauricio Kfuri, professor da Universidade do Missouri, nos Estados Unidos.
Os especialistas não só participarão dos procedimentos, mas também terão o papel de treinar e contribuir com o desenvolvimento da equipe local. Além disso, irão ministrar aulas sobre a especialidade para residentes do hospital e profissionais convidados, sendo uma oportunidade para troca de experiências e intercâmbio técnico-científico.
“Existe, hoje, um elevado número de pacientes que necessitam dessas cirurgias. Portanto, vale destacarmos a importância dessa iniciativa, a dedicação das equipes e a vinda desses médicos, aprimorando cada vez mais o trabalho do Hospital Ortopédico do Estado da Bahia e levando assistência de qualidade para quem mais precisa”, destaca Roger.
Na semana seguinte, dia 24 de agosto, o mutirão será dedicado a cirurgias pediátricas. No período, a expectativa é que sejam atendidas 30 crianças de perfil ambulatorial, com possibilidade de voltar para casa no mesmo dia. A maior parte dos casos será de alongamento de tendão e retirada de cistos.