O II Festival da Cerâmica Maragogipinho, que acontecerá de 14 a 17 de novembro, em Maragogipinho, distrito de Aratuípe, será lançado na próxima terça-feira (27), às 09hs, na Casa Artesanato da Bahia, no Largo do Porto da Barra. Durante a cerimônia, serão divulgadas novidades sobre o evento, que contará com espaços para comercialização e exposição de peças artesanais, programação musical e cultural, e espaço gastronômico. Além de atividades de qualificação, premiação e rodada de negócios.
Na primeira edição, o evento representou uma grande mudança na divulgação da cerâmica da região, impulsionando a economia e fomentando o turismo. A segunda edição consolida o Festival da Cerâmica Maragogipinho no calendário cultural da Bahia.
Considerado o maior pólo ceramista da América Latina, com cerca de 150 olarias, o distrito estará preparado com uma infraestrutura completa para receber compradores, turistas e admiradores do trabalho de mestres, mestras, artesãs e artesãos da região. Quem visita Maragogipinho se encanta com a diversidade de peças decorativas e utilitárias. Durante o Festival, esses produtos serão expostos e comercializados em uma feira, além das lojas e olarias locais. Entre os destaques estão as louças de barro, potes, talhas, boi-bilhas, panelas, vasos, pratos, corbélias, esculturas e moringas. A cerâmica de Maragogipinho é marcada por desenhos com influências indígenas, geométricas e florais, criados por meio da pintura artesanal com tauá (pigmento natural de argila vermelha) e tabatinga (tonalidade branca).
O Festival da Cerâmica Maragogipinho é realizado pelo Governo do Estado, por meio do programa Artesanato da Bahia da Secretaria do Trabalho (Setre), através da Coordenação de Fomento ao Artesanato (CFA), e pelas Secretarias da Cultura (Secult), do Turismo (Setur). O evento tem correalização da Associação Fábrica Cultural, Isé e apoio da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB).
MARAGOGIPINHO
Distante 71 km de Salvador pela BR-101, o famoso distrito de Aratuípe tem uma população aproximada de três mil habitantes, a maioria composta por artesãs e artesãos da cerâmica. As dezenas de olarias locais são responsáveis pela grande produção de cerâmica, uma herança familiar que atravessa gerações. Utilizada desde o século XVIII, a modelagem manual ganhou técnicas mais avançadas com a utilização de tornos manuais e elétricos, e moldes.