O Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA) recebeu nesta segunda-feira (22) a denúncia, oferecida pelo Ministério Público da Bahia (MP-BA), contra o empresário Tharcísio Aguiar, suspeito de atropelar e matar a dentista Ranitla Bonella, em Ilhéus, cidade do sul da Bahia. O documento foi assinado pelo Juiz de Direito Gustavo Henrique Almeida Lyra.
No texto, o magistrado afirmou que recebeu a denúncia, reconhecendo o laudo pericial e os depoimentos coletados, porque há embasamento suficiente para deflagrar a ação penal.
Ainda no texto, o juiz disse que as evidências indicam atropelamento em faixa de pedestres, possivelmente relacionado com velocidade excessiva.
O empresário tem o prazo de 10 dias para apresentação de resposta, através de advogado ou da Defensoria Pública. o g1 entrou em contato com a defesa de Tharcísio Aguiar para pedir um posicionamento, mas não obteve retorno até a última atualização desta reportagem.
O inquérito policial foi concluído em 10 de agosto e encaminhado para o MP-BA. O empresário foi indiciado por homicídio doloso – quando há intenção de matar. Na época, a Polícia Civil informou que duas testemunhas que prestaram depoimento a favor do empresário também foram indiciadas pelo crime de falso testemunho.
No dia 3 de agosto deste ano, a Polícia Civil fez uma reconstituição do acidente. O caso foi no dia 11 de junho e o empresário Tharcísio Aguiar, de 38 anos, está preso suspeito de atropelar a jovem de 23 anos. Segundo a polícia, os laudos periciais vão ajudar a solucionar o caso, mas os detalhes da reconstituição não foram divulgados.
Em 27 de julho, a Justiça manteve a prisão preventiva de Tharcísio Aguiar. A decisão foi publicada após uma audiência de custódia. O empresário se apresentou no Presídio Ariston Cardoso, em Ilhéus, um dia antes, acompanhado do advogado criminalista Jacson Cupertino.
A prisão preventiva do empresário foi decretada no dia 23 de junho. No dia 12 de julho, a Polícia Civil cumpriu três mandados de busca e apreensão, na casa do empresário, mas ele não foi encontrado. No dia 20, fizeram outra tentativa, mas Tharcísio também não foi visto.
Caso
O caso aconteceu no dia 11 de junho e dois dias depois, ele se apresentou na delegacia de Ilhéus, mas foi ouvido pela polícia e liberado. Além da prisão preventiva de Tharcísio Aguiar, a Justiça suspendeu a habilitação do investigado.
A vítima era recém-formada e estava na cidade para fazer uma especialização em ortodontia. Ela foi atingida pelo veículo no momento em que atravessava a rodovia, em uma faixa de segurança. A jovem foi arremessada e chegou a bater em um guard rail.
Em nota divulgada nas redes sociais, Tharcísio Aguiar disse que lamentava o ocorrido, e que chegou a parar no local, mas alegou que não ficou para prestar socorro porque foi ameaçado.
O corpo de Ranitla foi velado no dia 12 de junho e enterrado no início da tarde no Cemitério Campo Santo, em Eunápolis. No dia 28 do mesmo mês, a Justiça negou o pedido de liberdade para o empresário.
G1