As autoridades do sul da Califórnia consideram que o incêndio, batizado como ‘Bobcat Fire’, já é um dos maiores da história de Los Angeles depois de ultrapassar 44 mil hectares de extensão, dos quais apenas 17% puderam ser contidos, de acordo com a última atualização.
Dos 29 edifícios que foram destruídos, não se sabe exatamente quantos são casas particulares ou outras instalações.
As altas temperaturas registradas durante o fim de semana e a intensidade dos ventos impossibilitaram que os quase 1,7 mil bombeiros que trabalhavam no incêndio o apagassem. Ao contrário, o Bobcat Fire dobrou de tamanho.
Na semana passada, o fogo causou uma camada de névoa de poeira em toda a área, forçando as autoridades a enviar alertas sobre a má qualidade do ar na região metropolitana de Los Angeles, onde vivem mais de 13 milhões de pessoas. Além disso, dezenas de pessoas ainda não sabem quando poderão voltar para suas casas, de onde foram retiradas nesses últimos 15 dias.
As queimadas também ameaçam a estrutura do Observatório Monte Wilson, um centro de observação espacial com 116 anos, a partir do qual cientistas como Edwin Hubble trabalharam e que durante décadas foi o telescópio mais importante do mundo.
A proximidade das chamas de uma área residencial que concentra 1 mil casas faz deste incêndio um dos mais preocupantes de todos aqueles ainda ativos na costa oeste dos Estados Unidos.
Enquanto isso, 19 mil bombeiros estão trabalhando para extinguir os 27 focos na Califórnia e no estado de Oregon, que devastaram uma área equivalente a quase a metade do estado de Alagoas e deixaram pelo menos 26 vítimas, incluindo três agentes.
Na manhã desta terça, uma procissão prestou homenagem a um bombeiro que morreu na última quinta tentando apagar o incêndio de El Dorado, no sul da Califórnia. Trata-se de um homem de 39 anos que havia trabalhado para equipes de resgate na área durante os últimos 14.