O câncer de próstata é o tipo de câncer mais frequente entre os brasileiros – ficando atrás apenas do câncer de pele – e ocorre geralmente em homens com mais de 65 anos. Dentre os problemas oriundos da prostatectomia radical, que é um dos procedimentos de tratamento para o câncer de próstata, é a incontinência urinária. “O paciente tem a probabilidade de 20 a 40% de apresentar perda urinária e disfunção erétil”, explica Carolina Barreto, fisioterapeuta.
A perda de urina leva ao isolamento social, baixa autoestima e nervosismo, sem falar do aumento de custos com a compra de absorventes. Segundo a fisioterapeuta, a sequela pode ser tratada. “O homem não precisa ter medo da incontinência pós-cirúrgica, pois existem tratamentos para esse problema que devem ser feitos já no pré-operatório para a prevenção e redução dos riscos de incontinência – essa recomendação é comprovada por estudos de revisão e meta-análise”, esclarece.
Um dos tratamentos recomendados pela profisisonal é o PróMan, programa presencial criado por ela que tem como base a Fisioterapia Pélvica e traz recursos como a eletroestimulação, que deve ser iniciada de forma precoce para tratar a neuropraxia (lesão do nervo) pós-cirúrgica, os exercícios específicos para o assoalho pélvico, para fortalecer a musculatura da região da cirurgia, biofeedback e exercícios funcionais, além da terapia comportamental. “Muitos homens acham que após a cirurgia terão que usar fralda para sempre, mas – por meio do PróMan – esse quadro pode ser mudado e eles podem eliminar a incontinência urinária”, destaca Carolina Barreto.