As doenças respiratórias ocorrem com mais frequência entre os meses de junho e setembro em nosso estado por haver maior confinamento e aglomeração de pessoas em ambientes fechados. Além disso, a baixa temperatura pode ressecar as mucosas e elevar o risco de proliferação de vírus e bactérias.
A Associação Bahiana de Medicina (ABM), aponta que os casos de doenças respiratórias podem aumentar em até 30% durante o inverno.
“Neste período, temos uma expressiva prevalência de vírus, como rinovírus, sincicial respiratório, influenza e COVID-19”, explicou Giovanna Orrico, infectologista infantil.
De acordo com dados da Secretaria de Saúde do Estado da Bahia (Sesab), até o dia 1º de abril deste ano, foram notificados 2.165 casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), com registro de 128 óbitos. No mesmo período de 2023, foram notificados 2.004 casos, o que representa um aumento de 8,03%.
Segundo o Ministério da Saúde, crianças com menos de 5 anos de idade, idosos acima de 60 anos e imunossuprimidos pertencem ao grupo mais vulnerável às doenças respiratórias.
Entre os principais sintomas de doenças respiratórias estão: coriza, tosse, obstrução nasal, febre e aumento da frequência respiratória. Esta última, inclusive, em algumas situações, necessita de avaliação médica e hospitalização para uso de terapia venosa e oxigênio suplementar.
Medidas adotadas no ambiente escolar
Na Gurilândia Federação, são adotadas medidas para evitar e amenizar o contágio de doenças respiratórias entre as crianças, tais como: higiene das mãos; limpeza e manutenção constante dos aparelhos de ar condicionado; desinfecção de superfícies e objetos que são tocados com frequência, a exemplo de brinquedos, mesas, cadeiras, maçanetas e corrimãos; incentivo e conscientização sobre a importância de hábitos saudáveis como alimentação, hidratação e prática de atividades físicas e isolamento, em caso de doença contagiosa.
“É comum que nossos alunos faltem às aulas durante o inverno. No entanto, com a parceria que temos com as famílias, intensificando os cuidados cabíveis e necessários para cada ambiente, observamos que essas ausências tendem a diminuir, bem como a quantidade de dias de afastamento, conforme as crianças crescem e adquirem maior imunidade,”, afirmou Calila Maria Brandão, coordenadora pedagógica da educação infantil da Gurilândia Federação.
Em média, de três a cinco dias após o contato com um indivíduo doente, aparecem sintomas respiratórios, que permanecem por até uma semana. Nesse período, pode ocorrer transmissão para outras pessoas.
“É importante destacar que os estudantes que estiverem doentes não devem frequentar a escola, até que o período de transmissão se esgote, para evitar disseminação dentro da unidade escolar”, ressaltou Giovanna Orrico, infectologista infantil.
Também pode haver aumento de outras doenças infecciosas, a exemplo da pneumonia, bronquite e bronquiolite, ou até mesmo piora em quadros alérgicos como o da rinite.
“Pedimos aos pais ou responsáveis legais que disponibilizem os cartões de vacinação atualizados para a realização das matrículas. Além disso, solicitamos que se algum aluno estiver doente, que ele permaneça em sua residência até que esteja totalmente recuperado. Se for um caso de alergia, acompanhado decoriza ou tosse, deve ser apresentado o atestado médico”, concluiu Denise Rocha, diretora da Gurilândia Federação.