A inflação oficial acelerou de 0,08% em setembro para 0,26% em outubro, informou o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) nesta quarta-feira (9).
Mesmo assim, o resultado de outubro significa o menor patamar do IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) para o mês desde outubro de 2000. Portanto, há 16 anos não se registrava uma inflação tão baixa no mês.
Em outubro de 2015, a inflação oficial havia marcado 0,82%. Nos últimos 12 meses, a inflação oficial acumula 7,87% — bem abaixo dos 8,48% registrados nos últimos 12 meses encerrados em setembro.
A principal razão para a queda dos preços foi o recuo dos preços dos alimentos e das bebidas — recuo de 0,05% em média em outubro. Esse grupo tem um peso maior na formação do IPCA.
O destaque positivo fica por conta do leite longa vida, cujo preço diminuiu 10,68% no mês passado. O feijão-carioca ficou 8,79% mais barato. A cebola, o feijão-mulatinho, ovos, hortaliças, cenoura, farinha de mandioca e a manteiga também aliviaram o bolso em outubro.
Por outro lado, o feijão-fradinho ficou 4% mais caro, coportacomportamento parecido aos preços do açúcar cristal (alta de 2,87%) e das carnes (2,64% mais pesada no bolso). O pescado, o tomate, refrigerante, cerveja e frango também estão mais caros no supermercado.
Produtos e serviços ligados ao grupo transportes ficaram 0,75% mais caros em outubr. O grande vilão foi o etanol, que ficou 6,09% mais caro.
Esse comportamento também puxou o preço da gasolina para cima (1,22% mais cara). Vale lembrar que a gasolina tem 27% de sua composição de etanol. As passagens aéreas subiram 10,06% e também colaboraram para a alta geral do IPCA.
Também estão mais pesados no bolso o seguro de carro (1,70%), botijão de gás (1,19%), plano de saúde (1,07%), empregado doméstico (0,87%), mão de obra para pequenos reparos (0,87%), emplacamento e licença (0,81%), taxa de água e esgoto (0,74%), telefone fixo (0,62%) e condomínio (0,52%).
R7