A inflação para os idosos acelerou no terceiro trimestre de 2020, segundo o IPC-3i (Índice de Preços ao Consumidor da Terceira Idade), divulgado pela FGV (Fundação Getulio Vargas) nesta terça-feira (13).
O indicador registrou taxa de 1,93% frente a -0,03% no segundo trimestre do ano. Cinco das oito classes de despesa componentes do índice aceleraram no período analisado.
O grupo Transportes teve a maior contribuição, com taxa passando de -2,93% para 2,89%. A gasolina teve papel de destaque e foi o item que mais influenciou o comportamento da classe. O item variou 8,64% no terceiro trimestre, ante -10,55%, no anterior.
Vale destacar também a tarifa de eletricidade residencial (-2,09% para 3,91%), a passagem aérea (-19,11% para 49,67%), carnes bovinas (2,23% para 8,25%) e cigarros (-0,46% para 1,51%).
Além desses itens, contribuíram para o acréscimo da taxa do IPC-3i os grupos Habitação (-0,10% para 1,72%), Educação, Leitura e Recreação (-3,59% para 4,65%), Alimentação (2,16% para 2,74%) e Despesas Diversas (0,63% para 0,86%).
Em contrapartida, os grupos Saúde e Cuidados Pessoais e Vestuário apresentaram recuo em suas taxas de variação, indo de 0,90% para 0,44% e -0,44% para -0,73%, respectivamente.
Nestas classes de despesa, vale citar os itens: médico, dentista e outros (1,50% para -0,83%) e roupas (-0,28% para -1,00%). O grupo Comunicação repetiu a taxa de variação de 0,92% registrada na última apuração.
Enquanto a inflação da terceira idade marcou 4% nos últimos 12 meses, a inflação oficial medida pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) ficou em 3,14%, acima dos 2,44% observados nos 12 meses imediatamente anteriores.
Ou seja, a inflação para os mais idosos foi ainda mais pesada do que a inflação oficial que, inclusive, atingiu seu maior patamar para o mês de setembro desde 2003 (0,78%).
O IPC-3i mede o impacto da inflação da cesta de consumo para famílias compostas majoritariamente por pessoas com mais de 60 anos.
R7