Como parte das comemorações pela Independência do Brasil na Bahia, no dia 25 de junho a sede administrativa do Estado é transferida para a cidade de Cachoeira. A mudança foi aprovada pela lei 10.695, de 2007, e desde então acontece todos os anos. Nesta data, o governador Jerônimo Rodrigues e diversos órgãos baianos despacham direto da cidade do recôncavo.
Como parte das ações do Estado para o ato, o Plantão Integrado dos Direitos Humanos, coordenado pela Secretaria da Justiça e Direitos Humanos (SJDH) foi instalado na quinta-feira (20) e ofereceu diversos serviços aos cachoeiranos e moradores de municípios próximos, até esta terça-feira (25). A iniciativa reúne órgãos públicos e entidades da sociedade civil para atuarem, de forma conjunta, na proteção e defesa dos direitos humanos, através de um Comitê de Proteção Integral. Nos postos do serviço podem ser feitas denúncias sobre quaisquer ato de violência contra crianças, adolescentes, pessoas com deficiência, mulheres, pessoas negras, LGBT, entre outros públicos.
Já a Secretaria de Turismo do Estado (Setur-BA) realizou um receptivo especial, com manifestações culturais da Bahia e funcionamento no posto do Serviço de Atendimento ao Turista (SAT), voltado para as comemorações da Independência da Bahia. Agentes especializados prestam atendimento em português e inglês, compartilhando informações sobre pontos turísticos na região e nas 13 zonas turísticas baianas.
Cidadania
Como forma de ampliar o exercício da cidadania, o Serviço de Atendimento ao Cidadão (SAC), vinculado à Secretaria da Administração (Saeb), também está na cidade. A carreta do SAC Móvel está estacionada na Praça Dr. Milton, em frente à Santa Casa de Misericórdia, até às 17h desta quarta-feira (26). No local são emitidos, de forma gratuita, carteira de identidade (RG) e antecedentes criminais, além de atendimento da Ouvidoria Geral do Estado.
O operador de máquinas e morador da cidade, Wellington Azevedo, comemora a chegada do serviço. “É muito eficaz, mais eficiente do que você ter que viajar, pagar, para poder fazer um documento tão importante, que pode ser feito aqui mesmo na cidade”.
Quem também aproveitou essa praticidade foi Bianca Conceição, mulher trans, que conseguiu tirar o novo documento com a redesignação de gênero. “Eu soube que o SAC estava aqui em Cachoeira, então resolvi vir e fazer minha identidade, mudar o nome de gênero, foi bem simples, muito rápido”.
Igualdade racial
As equipes do Centro de Combate ao Racismo e à Intolerância Religiosa Nelson Mandela (CRNM), que é vinculado à Secretaria de Promoção da Igualdade Racial (Sepromi), estão à disposição para receber, encaminhar e acompanhar qualquer denúncia de racismo ou intolerância religiosa, garantindo apoio psicológico, social e jurídico às vítimas. A titular da pasta, Ângela Guimarães, explica o trabalho desenvolvido na cidade.
“Aqui em Cachoeira, felizmente, a receptividade sempre é muito boa, muito grande. Aqui nós estamos em um território de resistência negra, um território em que se auto reconhece como herdeiro das nossas lutas tradicionais por libertação, e o povo está sempre muito atento”.
Desfile cívico
Um dos momentos mais aguardado foi o desfile das bandas e fanfarras em homenagem às tropas que lutaram para tornar a Bahia e o Brasil independentes do domínio português. Uma multidão de moradores e visitantes comemorou a passagem dos carros com o caboclo e a cabocla, símbolo da luta e resistência do povo baiano pela libertação.
“Durante o desfile nós vamos apreciar uma aula de história porque sendo Cachoeira uma cidade histórica, esse desfile representa toda a nossa cultura”, resumiu Ana Cristina, nascida em Cachoeira e atual moradora de Aracaju.
O desfile cívico contou com a participação de bandas e fanfarras do Colégio Estadual de Cachoeira, com sede no município; do Colégio Estadual Rômulo Galvão, em São Félix; do Colégio Estadual de Castro Alves, no distrito de Acupe, em Santo Amaro; do Colégio Estadual Mandinho de Souza Almeida, em Conceição do Almeida; e do Colégio Estadual de Conceição da Feira, em Conceição da Feira. Dentre os integrantes da banda marcial, 60 são estudantes do Colégio Estadual de Cachoeira e trouxeram para as ruas o tema “70 anos do colégio”.
25 de Junho
A Independência do Brasil foi declarada por Dom Pedro I no dia 7 de setembro de 1822, no entanto, o exército português continuava resistindo e, por este motivo, dominava o território baiano, que declarou independência somente um ano depois, em 2 de julho de 1823.
O processo de luta na Bahia representa o rompimento com a presença militar portuguesa, de acordo com o historiador Ricardo Carvalho, da Universidade Federal da Bahia (Ufba).
A batalha pela independência consolidou nomes como o de Joana Angélica, Maria Felipa e outras personalidades que participaram dos conflitos, que resultariam na derrota portuguesa. Os personagens ficaram conhecidos como “Heróis da Independência”.
Fotos: Matheus Landim/GOVBA
Como parte das comemorações pela Independência do Brasil na Bahia, no dia 25 de junho a sede administrativa do Estado é transferida para a cidade de Cachoeira. A mudança foi aprovada pela lei 10.695, de 2007, e desde então acontece todos os anos. Nesta data, o governador Jerônimo Rodrigues e diversos órgãos baianos despacham direto da cidade do recôncavo.
Como parte das ações do Estado para o ato, o Plantão Integrado dos Direitos Humanos, coordenado pela Secretaria da Justiça e Direitos Humanos (SJDH) foi instalado na quinta-feira (20) e ofereceu diversos serviços aos cachoeiranos e moradores de municípios próximos, até esta terça-feira (25). A iniciativa reúne órgãos públicos e entidades da sociedade civil para atuarem, de forma conjunta, na proteção e defesa dos direitos humanos, através de um Comitê de Proteção Integral. Nos postos do serviço podem ser feitas denúncias sobre quaisquer ato de violência contra crianças, adolescentes, pessoas com deficiência, mulheres, pessoas negras, LGBT, entre outros públicos.
Já a Secretaria de Turismo do Estado (Setur-BA) realizou um receptivo especial, com manifestações culturais da Bahia e funcionamento no posto do Serviço de Atendimento ao Turista (SAT), voltado para as comemorações da Independência da Bahia. Agentes especializados prestam atendimento em português e inglês, compartilhando informações sobre pontos turísticos na região e nas 13 zonas turísticas baianas.
Cidadania
Como forma de ampliar o exercício da cidadania, o Serviço de Atendimento ao Cidadão (SAC), vinculado à Secretaria da Administração (Saeb), também está na cidade. A carreta do SAC Móvel está estacionada na Praça Dr. Milton, em frente à Santa Casa de Misericórdia, até às 17h desta quarta-feira (26). No local são emitidos, de forma gratuita, carteira de identidade (RG) e antecedentes criminais, além de atendimento da Ouvidoria Geral do Estado.
O operador de máquinas e morador da cidade, Wellington Azevedo, comemora a chegada do serviço. “É muito eficaz, mais eficiente do que você ter que viajar, pagar, para poder fazer um documento tão importante, que pode ser feito aqui mesmo na cidade”.
Quem também aproveitou essa praticidade foi Bianca Conceição, mulher trans, que conseguiu tirar o novo documento com a redesignação de gênero. “Eu soube que o SAC estava aqui em Cachoeira, então resolvi vir e fazer minha identidade, mudar o nome de gênero, foi bem simples, muito rápido”.
Igualdade racial
As equipes do Centro de Combate ao Racismo e à Intolerância Religiosa Nelson Mandela (CRNM), que é vinculado à Secretaria de Promoção da Igualdade Racial (Sepromi), estão à disposição para receber, encaminhar e acompanhar qualquer denúncia de racismo ou intolerância religiosa, garantindo apoio psicológico, social e jurídico às vítimas. A titular da pasta, Ângela Guimarães, explica o trabalho desenvolvido na cidade.
“Aqui em Cachoeira, felizmente, a receptividade sempre é muito boa, muito grande. Aqui nós estamos em um território de resistência negra, um território em que se auto reconhece como herdeiro das nossas lutas tradicionais por libertação, e o povo está sempre muito atento”.
Desfile cívico
Um dos momentos mais aguardado foi o desfile das bandas e fanfarras em homenagem às tropas que lutaram para tornar a Bahia e o Brasil independentes do domínio português. Uma multidão de moradores e visitantes comemorou a passagem dos carros com o caboclo e a cabocla, símbolo da luta e resistência do povo baiano pela libertação.
“Durante o desfile nós vamos apreciar uma aula de história porque sendo Cachoeira uma cidade histórica, esse desfile representa toda a nossa cultura”, resumiu Ana Cristina, nascida em Cachoeira e atual moradora de Aracaju.
O desfile cívico contou com a participação de bandas e fanfarras do Colégio Estadual de Cachoeira, com sede no município; do Colégio Estadual Rômulo Galvão, em São Félix; do Colégio Estadual de Castro Alves, no distrito de Acupe, em Santo Amaro; do Colégio Estadual Mandinho de Souza Almeida, em Conceição do Almeida; e do Colégio Estadual de Conceição da Feira, em Conceição da Feira. Dentre os integrantes da banda marcial, 60 são estudantes do Colégio Estadual de Cachoeira e trouxeram para as ruas o tema “70 anos do colégio”.
25 de Junho
A Independência do Brasil foi declarada por Dom Pedro I no dia 7 de setembro de 1822, no entanto, o exército português continuava resistindo e, por este motivo, dominava o território baiano, que declarou independência somente um ano depois, em 2 de julho de 1823.
O processo de luta na Bahia representa o rompimento com a presença militar portuguesa, de acordo com o historiador Ricardo Carvalho, da Universidade Federal da Bahia (Ufba).
A batalha pela independência consolidou nomes como o de Joana Angélica, Maria Felipa e outras personalidades que participaram dos conflitos, que resultariam na derrota portuguesa. Os personagens ficaram conhecidos como “Heróis da Independência”.
Fotos: Matheus Landim/GOVBA