A Prefeitura de Lauro de Freitas, em parceria com a Defensoria Pública do Estado da Bahia, promove o primeiro casamento coletivo LGBTQI+ da cidade. Quinze casais do município serão contemplados com a oficialização da união. O evento será realizado em janeiro de 2020, mas as inscrições começam na próxima segunda-feira (25), e seguem até o dia 13 de dezembro.
Os interessados deverão enviar e-mail para a Defensoria Pública ([email protected]), solicitando a ficha de inscrição. Aqueles que não tiverem acesso à internet podem se dirigir ao órgão, das 8h às 17h. Após orientação sobre documentos necessários, os casais serão encaminhados para o cartório, onde deverão realizar a habilitação. Caso ocorra um número maior que 15 casais inscritos, a ficha ficará arquivada para a segunda edição do evento.
De acordo com Daniel Soeiro, defensor público, este evento busca ajudar pessoas que não têm condições financeiras para a realização de cerimônia, apoiar a luta e, principalmente, sensibilizar a sociedade sobre os direitos da comunidade LGBT.
“Embora o casamento LGBT seja permitido desde 2013, com a decisão do Supremo Tribunal Federal, a gente sabe que ainda existe um preconceito muito grande em nossa sociedade. Muitas vezes, os casais deixam de oficializar uma relação por receio. Então, o que queremos é sensibilizar a sociedade para este direito que é garantido” comentou.
Lauro de Freitas é um dos municípios que mais possuem atividades voltadas para o combate à LGBTfobia. Em 2017, na gestão da prefeita Moema Gramacho, foi implantado o Departamento de Políticas LGBT e Diversidade, que fica alocado na Secretaria de Juventude, Igualdade Racial e Políticas Afirmativas (SEJU).
Segundo Josélia França, gerente do Departamento LGBT de Lauro de Freitas, o 1º casamento coletivo do município representa um fortalecimento da cidadania e contempla os direitos adquiridos pelo movimento. “Estamos muito satisfeitos com a realização do 1º casamento coletivo. Essa política está sendo executada em várias cidades e Lauro de Freitas não poderia ficar de fora. A nossa expectativa é que essa política seja executada diariamente, pois esse é um direito garantido por lei”, opina a gerente.