Se você costuma mexer no celular, tomar café e assistir televisão minutos antes de ir dormir, cuidado! Esses hábitos podem afetar a qualidade do seu sono. A insônia, por exemplo, é uma das consequências mais frequentes e atinge entre 10 e 40% da população brasileira. De acordo com a pneumologista e especialista em Medicina do Sono do Hospital São Rafael (HSR), Andrea Barral, além de fatores externos, o problema está ligado a outras causas, como a ansiedade e o estresse. Dentro dessa perspectiva, o HSR vai promover, no Auditório Luigi Faroldi, o Simpósio de Distúrbios Respiratórios do Sono, nesta quinta-feira (14.03), das 13 às 17 horas. O evento é voltado para médicos e outros profissionais da saúde.
A atividade, que é uma alusão ao Dia Mundial do Sono (15.03), vai debater diversos temas, como fisiologia e distúrbios respiratórios do sono, exame de polissonografia, apneia em crianças, complicações cardiovasculares da apneia, avaliação pré-operatória e ventilação não invasiva. Para Andrea Barral, “as discussões sobre esses assuntos têm o objetivo principal de divulgar conhecimento sobre os distúrbios do sono, alertando aos profissionais da saúde sobre a importância de dormir bem, como também mostrar a necessidade de se procurar um especialista em Medicina do Sono, em casos de sinais que indicam o problema. O Hospital São Rafael realiza o exame de polissonografia completo, em laboratório de sono. Esse ambiente oferece exame observacional de noite inteira, onde o paciente é monitorado, passando por eletroencefalograma, eletrocardiografia, oximetria, dentre outros”, detalha a especialista.
Andrea Barral ainda explica que os distúrbios do sono são diversos, estando divididos em seis grandes grupos: o grupo das insônias (pessoas que têm dificuldade para iniciar ou manter o sono ou sono muito fragmentado); o grupo das hipersonolências (pessoas que sentem muito sono); o dos que têm problemas respiratórios durante o sono; os que têm ciclos de sono alterados; os que têm distúrbios de movimento durante o sono; e as parassonias (aquelas que falam ou andam durante o sono, tem despertar confusional, terror noturno nas crianças e pesadelos, entre outros).
Saúde do sono
Fadiga, dor de cabeça, cansaço, irritabilidade, sonolência, déficit de atenção e de concentração, além de alteração na memória, são alguns dos sintomas de uma noite mal dormida. Pensando nisso, Andrea Barral preparou algumas dicas para quem quer ter uma boa noite de sono.
- Estabeleça horários regulares para dormir e acordar.
- Evite aparelhos eletrônicos, como celular, televisão e tablets, próximo da hora de dormir.
- tenha um ambiente agradável e propício ao sono, com boa temperatura, baixa luminosidade e sem barulho.
- Exercite-se mais cedo. Academia perto da hora de dormir pode tirar o seu sono.
- Evite álcool, bebidas cafeinadas, nicotina e refeições pesadas, próximo ao horário de dormir.
- Evite dormir muito durante o dia para não perder o sono à noite.
- Uma boa noite de sono é de 8 horas, no mínimo, para a maioria da população adulta.