O Internacional foi punido pelo STJD nesta terça-feira por causa do uso de documento falso no processo envolvendo o zagueiro Victor Ramos. Mas, apesar da condenação, o cenário não foi o pior para o clube colorado, já que a hipótese de exclusão da Série B foi afastada. A decisão da 5ª Comissão Disciplinar foi pela aplicação de uma multa de R$ 720 mil.
Como o julgamento foi em primeira instância, cabe recurso tanto do clube quanto da procuradoria do Tribunal.
O ex-presidente do Inter, Vitorio Piffero, também foi condenado, já que comandava o clube por ocasião da junção do documento no processo. A punição foi uma suspensão acumulada de 555 dias, já que foi enquadrado em dois artigos distintos (234 e 258) do Código Brasileiro de Justiça Desportiva.
O julgamento foi longo, durando pouco mais de 4 horas. O Internacional comprovadamente não foi o autor das mudanças nos e-mails vazados do diretor de registro da CBF, Reynaldo Buzzoni, e do funcionário da CBF, Bernardo Zalan. Só que foi considerado responsável por não chegar a veracidade do conteúdo entregue ao STJD.
O Inter até bateu na tecla que as alterações na reprodução dos e-mails não foram significativas. Antes disso, tentou refutar a denúncia, citando que o inquérito levou muito mais tempo do que o previsto pelo Código (110 dias e não os 60 dias). O clube ainda reforçou argumentações baseadas em pareceres entregues durante a condução do inquérito. Mas não houve sucesso.
“Os laudos ratificam a viabilidade da denúncia apresentada. O cuidado do Internacional deveria ser redobrado diante do recebimento do e-mail. O uso de documento falso ocorreu. As mudanças, no entendimento deste relator, foram significativas. O Internacional buscou um caminho contrário a sua história. Mas não posso acolher o pedido de excluir o Internacional da Série B”, afirmou o relator do caso, o auditor José Nascimento, ao proferir o voto pela aplicação de multa ao clube.
Do Portal Terra