A Petrobras divulgou hoje (21), no Rio de Janeiro, que os investimentos da estatal nos próximos cinco anos deverão somar US$ 74,5 bilhões. Os dados fazem parte do Plano de Negócios e Gestão 2018-2022 (PNG), aprovado ontem (20) pelo Conselho de Administração e que será detalhado em entrevista coletiva na tarde de hoje.
O volume de investimentos para os próximos cinco anos é 0,5% superior ao plano anterior 2017-2020, que era de US$ 74,1 bilhões, mas é o primeiro aumento no volume de investimentos desde o início do processo de reestruturação, período em que os investimentos começaram a despencar, passando inicialmente dos US$ 237 bilhões do quinquênio 2013-2017 para pouco mais de US$ 74 bilhões do atual PNG (2017-2021).
No comunicado ao mercado, a Petrobras informou que o Conselho de Administração também aprovou o processo de Monitoramento Estratégico, baseado no Plano Estratégico divulgado em setembro de 2016, “que consiste na avaliação permanente do ambiente de negócios e da implementação do plano, permitindo que ajustes no direcionamento sejam realizados de forma mais ágil e eficaz”.
O PNG 2018-2022 mantém como base as duas regras de topo principais, uma de segurança e outra financeira, conforme já definidas no PNG 2017-2021 e que continuam orientando as ações estratégicas da empresa.
Em seu monitoramento estratégico, o novo Plano de Negócios e Gestão da Petrobras mantém a disposição de “reduzir o risco das operações, agregando valor na atuação em Exploração e Produção (E&P), Refino, Transporte, Logística, Distribuição e Comercialização “por meio da gestão ativa de portfólio, através de parcerias, aquisições e desinvestimentos; reestruturação dos negócios de energia elétrica e busca de alternativa que maximize valor para a empresa”.
Plano de Desinvestimentos
Além de praticamente manter a carteira de investimentos do PNG 2018-2022 no mesmo nível em relação ao PNG 2017-2021, e continuar priorizando os projetos de exploração e produção de petróleo no Brasil, a Petrobras preocupa-se nas demais áreas de negócios em manter a prioridade dos investimentos basicamente para as operações e os projetos relacionados ao escoamento da produção de petróleo e gás natural.
Em relação aos custos operacionais, a companhia continua com esforços de redução, prevendo US$ 136,8 bilhões de gastos operacionais gerenciáveis no PNG 2018-2022.
A empresa também mantém o programa de parcerias e desinvestimentos como parte importante do plano e sua realização atingiu US$ 13,6 bilhões no biênio 2015-2016, e deverá ser mesmo para o biênio 2017-2018: cerca de US$ 21 bilhões.
Neste sentido, a empresa se propõe a otimizar o portfólio de negócios, “saindo integralmente das atividades de produção de biocombustíveis, distribuição de GLP (gás liquefeito de petróleo), produção de fertilizantes e das participações em petroquímica, preservando competências tecnológicas em áreas com potencial de desenvolvimento”.
“Essas iniciativas, associadas a uma geração operacional de caixa estimada em US$ 141,5 bilhões, após dividendos, permitirão à Petrobras realizar seus investimentos e reduzir seu endividamento, sem necessidade de novas captações líquidas no horizonte do plano”, sustenta a estatal.
No Plano de Negócios e Gestão 2018-2020, a Petrobras espera alcançar uma produção total de óleo e gás, no Brasil e no exterior, de 3,55 milhões de barris de óleo equivalente por dia (petróleo e gás natural, em 2022, sendo 2,88 milhões de barris por dia (bpd) de óleo e líquido de gás natural (LGN) no Brasil, já considerando os investimentos, parcerias e desinvestimentos.
Agência Brasil