As autoridades de Israel decidiram quarta-feira (23) implementar um novo confinamento, o terceiro desde o início da pandemia de covid-19 e que entrará em vigor no próximo domingo.
A medida terá duração de pelo menos duas semanas e visa impedir a propagação do novo coronavírus, que vem aumentando constantemente há mais de um mês.
A decisão, pactuada pelo primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu, e pelo ministro da Defesa e líder do segundo partido mais importante do governo, Beny Gantz, ainda não foi ratificada.
As medidas pactuadas preveem um limite de circulação de um quilômetro em torno das residências e o fechamento de empresas não essenciais, com poucas exceções, inclusive as que não recebem público, que também terão funcionamento limitado.
Segundo o portal de notícias “Ynet”, também será proibido visitar casas de outras pessoas, e serão permitidas reuniões de até 10 pessoas dentro de uma residência e até 20 ao ar livre.
O governo israelense passou a ter caráter interino a partir de hoje, um dia depois de o Parlamento ter sido dissolvido devido a uma crise política.
O sistema educacional continuará a funcionar, embora parcialmente: somente crianças de seis a dez anos e de 16 e 17 continuarão a frequentar as aulas, com um horário limitado entre 8h e 13h.
Estas medidas serão aplicadas inicialmente por duas semanas e poderão ser prorrogadas por mais duas se o número diário de contágios não for reduzido para menos de mil ou a taxa de contágio não cair para menos de uma pessoa por cada infectado.
O novo confinamento, que o Ministério da Saúde vinha analisando há vários dias, foi anunciado depois de o país registrar mais de 3.000 contágios por dia na terça-feira.
Inicialmente, o governo havia estabelecido o número de 2.500 infecções diárias como o limite para impor novas restrições.
O processo de vacinação contra a covid-19 começou nesta semana e, segundo o Ministério da Saúde, cerca de 140.000 pessoas já receberam sua primeira dose.
De acordo com os últimos dados oficiais, Israel, cuja população é de cerca de 9 milhões de pessoas, tem cerca de 30.000 casos ativos de covid-19.
Desde o início da pandemia, em março, 3.136 pessoas morreram devido à doença no país.
R7