Cerca de 300 quilos de óleo foram coletados da praia de Itacimirim, no litoral norte da Bahia, até esta segunda-feira (5). A retirada começou no último dia 30 de junho, quando moradores denunciaram o aparecimento do material no local.
A quantidade exata do material encontrado não foi detalhada. De acordo com o coordenador da Defesa Civil de Camaçari, município responsável pela praia, Ivanalto Soares, o material foi recolhido pela Capitania dos Portos e enviado para análise no Rio de Janeiro, e aguarda o resultado para saber se é o mesmo material encontrado em 2019. Até terça-feira (6), o material será armazenado em local adequado.
Segundo o coordenador, o óleo encontrado é o mesmo que apareceu no litoral da Bahia em 2019. Ele explica que, por causa da maré, o material foi levado para a praia.
“Pela minha experiência, fiz parte da operação em 2019…com certeza, afirmo que esse resíduo é um passivo. Ele estava impregnado nos recifes, e a maré o retirou. Com certeza a análise vai mostrar que é a mesma mancha, não é uma mancha nova, até porque o estado físico do óleo está petrificado, isso mostra que ele tem um bom tempo impregnado nos recifes, que junto com a areia, petrificou” , esclarece Soares.
Após o surgimento do óleo, outras praias da região começaram a ser monitoradas. Ainda segundo a Defesa Civil, até a última verificação, feita na manhã desta segunda, não foi encontrado nenhum outro indício de óleo nas praias. Caso alguém encontre óleo na região, é preciso ligar para a Defesa Civil, no número 199.
Relembre o caso
Em outubro de 2019, várias cidades do litoral nordestino registram manchas de óleo em praias. As primeiras manchas de óleo foram encontradas na Bahia também outubro, no litoral norte do estado.
Na época, o biólogo Cesar Coelho, diretor de Sustentabilidade da Fundação Pro-Tamar, informou que havia ao menos três pontos de contaminação. Dois deles ficavam na cidade de Jandaíra, nos povoados de Mangue Seco e Coqueiro. Enquanto o outro estava na localidade de Siribinha, no município de Conde.
Em 2020, um ano após o caso, biólogos mapearam os danos provocados pelo vazamento de óleo que atingiu o litoral brasileiro. Além disso, as manchas voltaram a aparecer, em menor quantidade, em Salvador, Morro de São Paulo, no baixo sul da Bahia, e no litoral norte, área mais atingida no estado.
G1