O número de mortos no naufrágio de um barco com imigrantes perto da costa da Itália subiu para 62. As vítimas tiveram seus corpos recuperados por equipes de resgate italianas nesta segunda-feira (27). Acredita-se que outras dezenas estejam desaparecidas.
A embarcação teria se chocado com um recife perto da costa da Calábria e quebrado. Mais de 100 pessoas estavam a bordo e havia apenas alguns coletes salva-vidas espalhados entre os escombros.
A ONU e os Médicos Sem Fronteiras, que tinham equipes no local, disseram que muitas das vítimas eram afegãs, incluindo membros de famílias numerosas, além de paquistaneses e iraquianos.
Os afegãos foram a segunda maior nacionalidade a buscar asilo na União Europeia no ano passado e têm fugido cada vez mais dos problemas crescentes de segurança, humanitários e econômicos que se seguiram à tomada do poder pelo Talibã em agosto de 2021.
O canal de TV “Sky TG24” da Itália disse que pelo menos três pessoas foram detidas por suspeita de terem ajudado a organizar a viagem de Izmir, na Turquia.
Um bombeiro conversou com a agência AP relatando a cena do resgate na praia de Steccato di Cutro, na costa jônica da Calábria. Segundo ele, havia muitas crianças mortas e cheias de arranhões na areia.https://6399dbf86db67aaaf62f757948d640b2.safeframe.googlesyndication.com/safeframe/1-0-40/html/container.html
O ministro do Interior, Matteo Piantedosi, que liderou a repressão da Itália à migração, visitou o local no domingo e se reuniu com autoridades locais em Crotone. Em entrevista coletiva, ele insistiu que a solução era acabar com a travessia de migrantes em sua origem.
O governo da Itália sob o comando da primeira-ministra Giorgia Meloni tem se concentrado em tentar impedir a partida de barcos de migrantes, ao mesmo tempo em que desencoraja equipes de resgate humanitário a operar no Mediterrâneo central, onde operam contrabandistas baseados na Líbia.
Meloni disse no domingo que o governo está comprometido com essa política “sobretudo insistindo na máxima colaboração com os países de origem e de partida”.
G1