O número de casos do novo coronavírus (Sars-CoV-2) na Itália chegou a 119.827, segundo balanço divulgado nesta sexta-feira, 3, pela Defesa Civil. Isso representa um aumento de 4% em relação ao dia anterior, repetindo a menor cifra desde o início da disseminação dos contágios pelo país, que já havia sido registrada em 31 de março.
Em termos absolutos, o crescimento foi de 4.585 casos, terceiro dia seguido de desaceleração na estatística. Já o número de mortes chegou a 14.681, após um acréscimo de 766 óbitos (+5,5%), seis a mais que na última quinta. A Itália também soma 19.758 curados, 1.480 a mais (+8,1%) que o balanço anterior. Com isso, o número de casos ativos atingiu 85.388, alta de 2,8%. Desse total, 52.579 estão em isolamento domiciliar; 28.741 pacientes estão internados em quartos normais; e 4.068 seguem em UTIs.
De acordo com as autoridades sanitárias da Itália, o país já atingiu o “pico” da pandemia, mas este se apresentará na forma de um “platô”, ou seja, a curva de contágios ainda levará um tempo para começar a cair.
A tendência de desaceleração é verificada há cerca de 15 dias, devido às medidas de confinamento impostas pelo governo. No entanto, como as UTIs italianas seguem saturadas, a diminuição no ritmo de contágio ainda não se reflete no número de mortes, que oscila a cada dia.
Também há questionamentos à mensuração feita pela Defesa Civil, já que a maior parte das regiões testa apenas pessoas que vão ao hospital. O próprio chefe do órgão, Angelo Borrelli, já admitiu que o número real de casos pode ser 10 vezes maior que o balanço oficial devido aos assintomáticos ou indivíduos com sintomas leves que não são rastreados.