A Cantina Di Lucca é um local que sempre vou com minha família. É um restaurante italiano no bairro da Pituba. O espaço é bem pequeno e com poucas mesas, mas a comida é gostosa e o preço muito bom. Acredito que por isso está sempre cheio. Madrugo para conseguir mesa porque nem sempre me planejo com tempo suficiente para fazer uma reserva.
Toda vez que passo por lá lamento não ter tirado fotos para dar a dica, mas da última fez que fui ao local (que acabou de passar por uma reforma, está ainda mais aconchegante) finalmente registrei a refeição, mas uma série de problemas com o garçom se passaram. Fiquei triste porque realmente gosto de lá, mas se fui decidida a escrever vou contar o que aconteceu tim tim por tim tim nos próximos parágrafos. Só que antes quero recomendar alguns bons pratos do cardápio.
A piadina (espécie de crepe/ sanduíche italiano) da entrada é fantástica. É impossível ir ao Di Lucca e resistir à piadina deles. A massa do tagliatelle é feita lá e é muito boa. Gosto do molho ao sugo , das parmegianas de berinjela e de carne e do polpetone.
Fui decidida a provar outro prato. Pedi uma carne, mas, devido à falta de um dos ingredientes, o garçom voltou à mesa e me pediu para alterar meu pedido. Solicitei o cardápio e, após decidir pelo canelone de ricota com espinafre ao sugo, o garçom foi meio brusco ao retirar o menu das minhas mãos. Quando o prato chegou outro problema, veio com molho bechamel. Fiz a observação e foi trazido rapidamente o molho sugo a parte. Acredito que o fato da alteração do molho comprometeu um pouco o sabor (estava enjoativo), mas também não gostei muito da textura da massa. A qualidade do queijo ralado que servem também é outro ponto que já me incomoda há algum tempo, mas não o suficiente para eu deixar de frequentar o restaurante.
Acredito que mesmo nos locais que gostamos e frequentamos sempre há a possibilidade de sairmos insatisfeitos. Este foi um único episódio em muitas visitas. Estou segura de que isso não mudou a relação que já construi com o Di Lucca, mas de uma coisa tenho certeza: não vou repetir este prato e vou evitar ser atendida pelo mesmo garçom porque, mesmo com tantas trapalhadas, ele continua recebendo os 10% dele. Digo isso porque num local no qual você espera voltar e ser bem atendido não dá para simplesmente não pagar a taxa de serviço porque os funcionários não vão associar a falta do pagamento com o mau serviço deles e sim com sua suposta falta de generosidade e quem vai sofrer na próxima visita será você. Invisto nos 10% porque sou daquelas criaturas que esporadicamente ficam felizes em comer uma boa massa sem precisar sujar as próprias mãos. O Di Lucca é um desses locais no qual consigo atingir meu objetivo sem gastar rios de dinheiro, então a taxa de serviço termina sendo pensada como um investimento para garantir o prazer/ descanso futuro.