Allan Carter – Colaborador
Gabriel Medina abre a pontuação na disputa pelo bronze com duas notas baixas somando 1.77. Owen Wright reage com duas manobras marcando 7 pontos. O brasileiro faz um aéreo e recebe uma nota baixa de 5.43, mantendo o australiano no topo. Os dois mantiveram uma bateria bem tensa e equilibrada por alguns minutos.
Os juízes demoraram para pontuar os sufistas. Na internet, a eliminação de Medina nas semifinais foi altamente criticada. Faltando cinco minutos para o fim, na prioridade da Austrália, Medina faz uma manobra, mas não supera o Owen. Aos dois minutos Gabriel tenta novamente mas não consegue ficar na prancha. Terminando a bateria sem medalhas para o brasileiro Gabriel Medina.
“Começo foi bem, infelizmente não deu, agora é voltar pra casa e descansar. É difícil passar o ano treinando e não consegui. Fiz meu melhor.” Afirmou Gabriel Medina.
Quase quatro horas da manhã no Brasil quando o potiguar Ítalo Ferreira entrou no mar, marcou 1.70, mas quebrou a prancha e teve que mudar de prancha ainda nos minutos iniciais. O japonês Kanoa Igarashi continuou em busca de ondas, mas marcando apenas uma nota baixa de 0.67 e depois 3.83.
No retorno Ítalo faz duas grandes manobras recebendo uma nota 7 e indo para 8.70 contra 4.50 do japonês. O potiguar faz outro frontside com uma rasgada e finalização impecável elevando sua nota a 12.50. Ele tenta outro frontside, não consegue finalizar, mas impede Igarashi de pegar a onda, na sequência de backside ele sobe a nota total para 14.77 no somatório e vai em busca de mais.
ítalo conquistou o ouro por 15.14 x 6.60 do Japão. “É fé, é fé, acredite” grita o brasileiro ao sai do mar e comemorar com outro brasileiros em uma final emocionante. mais de 9H de surfe hoje, terminou coroado com um campeão olímpico
O garoto que surfava em tábuas de isopor no Rio Grande do Norte, cujo pai, que vendia peixe na praia, gastou todas as suas economias para comprar sua primeira prancha, agora é um ícone do surfe mundial. Ganhando o primeiro ouro do Brasil, o primeiro ouro do surf na história olímpica. Ítalo Ferreira entra para a história do esporte mundial. Orgulho do nordeste brasileiro.
Foto: Jonne Roriz/COB